Ibovespa fecha em queda de 1,60%, com commodities e ameaças fiscais no radar

Investidores se posicionam com cautela, aguardando decisões do Banco Central e do Federal Reserve

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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O Ibovespa fechou em queda de 1,60%, aos 109.927 pontos. O principal índice da bolsa brasileira foi impactado, principalmente, pela queda dos preços das commodities, que se deu, principalmente, pelo anúncio de novas restrições na China.

O gigante asiático anunciou que isolará, por conta do surto de casos de Covid-19, cerca de 17 milhões de pessoas, distribuídas entre as regiões de Shanghai e de Shenzhen. Para investidores, as restrições voltam a ameaçar a cadeia global de suprimentos e a recuperação econômica da segunda maior economia do mundo.

O petróleo Brent recuou mais de 6% e o minério fechou em queda de 7,33% no porto de Qingdao. Com isso, as ações ordinárias e preferenciais da Petrobras (PETR3;PETR4) caem, respectivamente, 1,49% e 2,25%, e as ordinárias da Vale (VALE3) recuam 5,08% – juntas, as duas companhias correspondem a cerca de 30% do Ibovespa.

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Além da Vale, os destaques negativos do pregão ficaram com CSN Mineração (CMIN3) e CSN (CSNA3) que recuaram, respectivamente, 6,06% e 5,87%.

A queda das commodities, contudo, não foi suficiente para impedir que a curva de juros brasileira registrasse mais um dia de alta. O DI com vencimento em janeiro de 2023 viu sua taxa avançar oito três pontos-base, para 13,23%. A taxa do DI para janeiro de 2025 avançou nove pontos, para 12,67%. Os DIs para 2027 e 2029 viram seus rendimentos subirem, respectivamente, 12 pontos, para 12,54%, e 15 pontos, para 12,58%.

Em parte, as ameaças fiscais continuam rondando o governo brasileiro e pressionando a curva de juros, com o Ministério da Economia, por exemplo, considerando elevar aquilo que é distribuído pelo Auxílio Brasil, para compensar as recentes altas dos combustíveis.

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Além disso, mais cedo, o boletim Focus trouxe que o mercado voltou a elevar sua expectativa para a alta da inflação oficial brasileira, medida pelo índice Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 5,65% para 6,45%. A expectativa do mercado para a taxa oficial Selic no fim do ano, além disso, saiu de 12,25% para 12,75%.

O Real recuou frente ao dólar, mesmo com a moeda americana perdendo força frente a outras divisas internacionais, com DXY recuando 0,14%. O contrato futuro da moeda americana para abril tem alta de 0,79%, a R$ 5,145. O dólar comercial subiu 1,40%, a R$ 5,124 na compra e a R$ 5,125 na venda.

Investidores ainda se posicionam com cautela para a semana, o que  também repercute no Ibovespa – na quarta, tanto o Banco Central brasileiro quanto o Federal Reserve divulgarão decisões sobre as suas taxas de juros.

Em Wall Street, as bolsas fecharam em baixa, com investidores antecipando a primeira elevação de juros nesta semana, enquanto monitoram o desdobramento da guerra Ucrânia-Rússia. O índice Dow Jones fechou estável, aos 32.925 pontos. Nasdaq teve queda de 2,04%, aos 12.581 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 0,74%, aos 4.173 pontos.

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