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Ibovespa fecha com queda de 0,68%, com mau humor externo; dólar recua 0,09%

Temor global e eleições mantêm investidores se posicionando de forma cautelosa quanto a ativos de risco brasileiros

Vitor Azevedo

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O Ibovespa fechou em queda de 0,68% nesta terça-feira (27), aos 108.376 pontos. O principal índice da Bolsa brasileira acompanhou, majoritariamente, a performance dos índices americanos.

Em Nova York, Dow Jones e S&P 500 recuaram, respectivamente, 0,43% e 0,21%. O Nasdaq, no entanto, fechou no verde, subindo 0,25%.

“Nos EUA, o cenário favorável ao aumento de juros e a incerteza dos resultados das empresas no terceiro trimestre causam preocupação”, afirmou Celso Pereira, Diretor de Investimentos da Nomad. “No exterior, há muitos elementos que contribuem para uma possível recessão global próxima”, completou.

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Felipe Moura, analista da Finacap Investimentos, acrescentou que as quedas de hoje estendem as perdas da semana passada, que começaram a partir do endurecimento do discurso de diversos bancos centrais como o Federal Reserve e o Bank of England (BoE).

“Embora o Brasil esteja avançado no ciclo de aperto monetário, acredito que o sentimento seja de cautela e de fuga do risco. Nos mercados internacionais, isso se dá devido aos temores de recessão crescente, o que alimenta a queda dos preços”, explica Moura. “S&P 500 vem de correção forte e nossa bolsa acaba se contaminando”.

O DXY, índice que mede a força da moeda americana frente outras divisas de países desenvolvidos, volta a subir com a aversão ao risco, com alta de 0,10%, aos 114,23 pontos. Frente ao real, no entanto, o dólar caiu 0,09%, a R$ 5,376 na compra e a R$ 5,377 na venda.

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Os treasuries yields de dez anos foram a 3,972%, com alta de 9,2 pontos-base, mas a curva de juros brasileira também teve um dia de respiro: a taxa do DI para 2023 recuou três pontos, para 13,68%, e a do DI para 2025, 17 pontos, para 11,58%; os DIs para 2027 e 2029 perderam, respectivamente, 18 e 14 pontos, para 11,51% e 11,68%; os DIs para 2031 foram a 11,77%, com menos 13 pontos.

“Embora hoje tivéssemos dados positivos, de mais uma leitura deflacionária do IPCA-15, isso já era esperado. Acho ainda que o mercado está em modo cautela, não só por conta do internacional, mas também porque estamos em semana de eleição”, acrescenta o especialista da Finacap.

Entre as maiores quedas do Ibovespa, ficaram as ações preferenciais da Alpargatas (ALPA4), com menos 4,84%, e as ordinárias da Positivo (POSI3) e da Dexco (DXCO3), com menos 4,82% e 4,60%, respectivamente.

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Do lado positivo, as ações preferenciais da Gerdau (GGBR4) subiram 2,59%, e as ordinárias da Suzano (SUZB3) e da Cielo (CIEL3), 2,05% e 2,13%, respectivamente.