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Ibovespa encerra dia com alta de 1,73% e recupera os 114 mil pontos, com alívio na curva de juros

Ações da Vale passaram por alta no fim da sessão, com anúncio de dividendos extraordinários

Camille Bocanegra

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O Ibovespa fechou com alta de 1,73% nesta quinta-feira (26), aos 114.776,86 pontos. O índice foi na contramão das Bolsas de NY, que encerram o dia em queda. Por aqui, o bom humor veio com IPCA-15 dentro do esperado e que indica a continuidade da queda da Selic em 0,5 ponto percentual, na reunião do Copom da semana que vem.

“Apesar das quedas nas bolsas globais, com os investidores digerindo os últimos resultados, que decepcionaram o consenso, o mercado local fechou no positivo, apoiado pelo IPCA-15 benigno, indicando que a Selic deve seguir caindo 0,50 ponto, pela aprovação do PL dos fundos offshore e exclusivos, que reduz os riscos em torno da meta fiscal de 2024, do anúncio da Vale VALE3 de dividendos extraordinários e com ações cíclicas liderando os ganhos no Ibovespa”, explica Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.

Em Wall Street, os principais índices fecharam em queda, considerando os últimos resultados divulgados de Alphabet e da Meta. Hoje, mais tarde, será ainda divulgado o balanço da Amazon.

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“A divulgação dos balanços de Meta e Alphabet  foi o que trouxe uma forte queda nos Treasuries americanos, que nas últimas semanas, foram os protagonistas nos mercados mundiais. Os treasuries americanos subiram para o maior patamar em mais de 15 anos, fazendo com que os principais índices de ações no mundo tivessem forte queda”, explicou Elcio Cardozo, especialista em mercado de capitais e sócio da Matriz Capital.

No mercado de Treasuries, o título de dez anos desceu 10,6 pontos-base (pb), a 4,847%, enquanto o título com vencimento de 2 anos teve alta de 8,2 pb em seus rendimentos, a 5,039% e com vencimento de 5 anos subiu 11,1 pb em seus retornos, 4,797%.

O dólar encerrou o dia com queda de 0,23%, cotado a R$ 4,990 na venda e na compra. A divisa norte-americana subiu na comparação com as principais moedas do mundo, com o DXY em alta de 0,12%.

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No mercado de commodities, o preço do petróleo encerrou o dia em queda, considerando a ausência de escalada na guerra entre Israel e o Hamas e a possibilidade de redução de demanda por desaceleração econômica.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 2,26% (US$ 1,93), a US$ 83,46 o barril, enquanto o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), desceu 2,1% (US$ 1,92), a US$ 88,21 o barril.

“A queda nas taxas das Treasuries, apoiadas pela queda no núcleo do PCE americano, se somou ao IPCA-15 e ao menor risco fiscal, levando à queda na curva de juros local, com os vértices de médio e longo prazo caindo cerca de 20 pontos”, destaca Borsoi.

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Por aqui, os juros encerram o dia em queda. A taxa do DI para janeiro de 2024 ficou estável em 12,10%, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,85%, ante 10,95% do ajuste anterior e a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 10,61%, ante 10,84% do ajuste anterior.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,76% ante 11,00% enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 11,30%, ante 11,02%.

“Em relação às maiores altas do Ibovespa, destacam-se WEGE3, CRFB3, BHIA3 e ASAI3. WEGfaz um movimento de correção após a queda de mais de 10% no pregão de ontem, após a divulgação de resultados abaixo das expectativas. Assaí e Carrefour sobem após a divulgação dos dados macroeconômicos, que derrubaram as taxas de juros futuros”, destaca Cardozo.

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Entre as maiores altas do dia, estiveram Gol (GOLL4), com avanço de 8,29%, cotada a R$ 8,23 e Carrefour (CRFB3) 6,96%, a R$ 9,22.

(com Reuters)