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Ibovespa descola do exterior e sobe 0,31%, mais uma vez com “ajuda” das commodities; dólar tem alta de 0,50%, a R$ 5,20

Principal índice da Bolsa brasileira foi na contramão dos índices de Nova York e, até então, não teve nenhum pregão de baixa na semana

Vitor Azevedo

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O Ibovespa fechou em leve alta de 0,31% nesta quinta-feira (6), aos 117.560 pontos. O principal índice da Bolsa brasileira, com mais um dia de ajuda das commodities, voltou a performar melhor do que seus pares americanos.

Em Nova York, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq recuaram, respectivamente, 1,15%, 1,03% e 0,68%.

“Os dados de seguro-desemprego nos Estados Unidos vieram acima do esperado e o mercado também espera, com ansiedade, os dados de Payroll”, comenta Rodrigo Cohen, co-fundador da Escola de Investimentos.

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Nos Estados Unidos, investidores se posicionam com cautela – amanhã há a publicação do Payroll, principal índice do mercado de trabalho do país e que é usado pelo Federal Reserve como termômetro para as suas decisões monetárias.

Os treasuries yields para dez anos subiram 5,9 pontos-base, para 3,818%, e os para dois anos ganharam 9,3 pontos, a 4,243%.

“Hoje mesmo tivemos uma fala da Lisa Cook, diretora do Fed, em que ela afirmou que eles estão muito atentos aos dados econômicos e expectativas de inflação para tomarem as próximas decisões em relação à politica monetária”, acrescenta Cohen.

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Outro fator que pressionou a curva de juros nos Estados Unidos, e decorrentemente os ativos de risco, foi a alta do petróleo. O barril Brent para dezembro voltou a subir, ainda refletindo o anúncio de cortes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), avançando 1,67%, a US$ 94,93.

“O Brasil hoje está totalmente descolado do exterior. Enquanto diversas bolsas internacionais caem, a brasileira sobe. A primeira questão importante é a alta do petróleo, ainda impactada pelo corte de produção pela Opep, que impulsiona o Ibovespa para cima”, contextualiza o fundador Escola de Investimentos.

Apesar de pressionar os ativos de risco no exterior, no Brasil, a alta das commodities foi responsável, em parte, pelo avanço do índice e pelo fortalecimento do real – o dólar comercial subiu 0,50% frente à moeda brasileira, pouco na comparação com o DXY, que mede a força da divisa americana frente outras de países desenvolvidos, que teve alta de 1,01%.

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“O mercado de câmbio fechou praticamente estável. O bom é que comparado com a valorização do índice do Dólar, o DXY, há uma sinalização de que o mercado brasileiro reagiu bem à alta de preço de commodities e à entrada de recursos estrangeiros na nossa bolsa”, diz Fabrizio Velloni, economista-chefe da Frente Corretora.

A curva de juros brasileira teve leve tendência de alta. Os DIs para 2023 ficaram estáveis, a 13,67%, e os para 2025 ganharam um ponto-base, a 11,53%. As taxas dos DIs para 2027 e 2029 ganharam, ambas, três pontos, a 11,34% e 11,49%, respectivamente. O DI para 2031 ganhou quatro pontos, a 11,58%.

As ações ordinárias e preferenciais da Petrobras (PETR3;PETR4) subiram, na sequência, 2,95% e 3,41%. Entre as maiores altas do Ibovespa, figuraram também as ações ordinárias da Via (VIIA3), com mais 8,03%, as da Cogna (COGN3), com mais 6,85%, e as da Méliuz (CASH3), com mais 6,30%.

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Por outro lado, vale ressaltar que nem todas as empresas de commodities subiram, com as ações da Vale (VALE3) fechando em queda de 1,83%, em sessão de realização de lucros após seis altas seguidas, período em que acumulou elevação de 13,7%.