Ibovespa descola do exterior e fecha abaixo dos 109 mil pontos, pressionado por commodities

Ações de peso do índice recuaram, acompanhando tombo das matérias-primas no exterior

Felipe Moreira

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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A Bolsa brasileira operou descolada do mercado internacional e fechou em baixa refletindo mais um dia de baixa no segmento de commodities. Os investidores seguem monitorando riscos, com a elevação dos casos de Covid-19 na China, guerra na Ucrânia e decisão sobre juros nos Estados Unidos e Brasil.

De acordo com Fernando Bresciani, analista de investimentos do Anbank, a expectativa de um possível acordo entre Rússia e Ucrânia, jogou o preço do petróleo para baixo, levando a Petrobras (PETR3;PETR4) e outras petrolíferas a fechar no vermelho. Já os lockdowns na China por conta dos casos de Covid, pressionou Vale (VALE3) e siderúrgicas.

Esperamos que a Petrobras acompanhe a queda do petróleo lá fora, afirma Bolsonaro

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O Ibovespa fechou em baixa de 0,88%, aos 108.959 pontos, após oscilar entre 107.780 e 109.924 pontos. O volume financeiro foi de R$ 30,6 bilhões.

O destaque positivo ficou com as ações da AZUL (AZUL4), com alta de 6,91%, seguida pela Petz (PETZ3) e Cielo (CIEL3), que subiram 5,87% e 5,33%, respectivamente.

Segundo analistas da Ativa Investimentos, as ações ligadas ao varejo, crescimento e tecnologia avançam com alívio na curva de juros.

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Bresciani explica que o recuo do preço do petróleo beneficia as companhias aéreas, que subiram forte na sessão, mas elas têm um peso pequeno no Ibovespa.

O destaque negativo foi  Magazine Luiza (MGLU3), com queda de 8,63%, seguidas pela CSN Mineração (CMIN3) e Gerdau (GGBR4), que recuaram 5,30% e 4,54%, nesta ordem.

Os papéis do Magalu foram impactados pelo resultado abaixo das estimativas no quarto trimestre. Já as siderúrgicas e mineradoras foram penalizadas por mais um dia de correção das commodities.

A moeda americana subiu novamente perante o real, em meio à grande correção nos preços das commodities e expectativa para elevação dos juros no Brasil e nos EUA. O dólar fechou em alta de 0,76%, a R$ 5,159 na compra e na venda, após oscilar entre R$ 5,094 e R$ 5,169.

No aftermarket, às 17h15, a curva de juros recua em bloco: DIF23, -0,12 pp, a 13,12%; DIF25, – 0,24 pp, a 12,43%; DIF27, – 0,20 pp, a 12,28%; DIF29, – 0,17 pp, a 12,40%.

Nos EUA, as bolsas fecharam em alta, com os preços do petróleo continuando a cair abaixo de US$ 100 e uma leitura da inflação no atacado que veio mais leve do que o esperado.

O índice Dow Jones teve alta de 1,82%, aos 32.545 pontos. O S&P 500 e o Nasdaq subiram, respectivamente, 2,15% e 2,92%.

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