Ibovespa caminha para pior pregão desde novembro de 2012

Índice registra perdas bem mais intensas das observadas nos mercados internacionais, que operam próximos da estabilidade

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após fechar a última quinta-feira (25) em queda de 1,29%, o Ibovespa volta a ter perdas nesta segunda-feira (28). O benchmark da bolsa registrava, às 16h53 (horário de Brasília), baixa de 1,73%, aos 60.112 pontos, caminhando para ser a maior queda desde 4 de novembro de 2012, quando o índice registrou baixa de 2,10%

O mercado contraria o movimento dos mercados na sexta, quando a BM&FBovespa não abriu por conta do feriado de aniversário de São Paulo. Naquela ocasião, o índice de ações brasileiras negociadas em Wall Street avançou 0,3%, no mesmo dia em que o norte-americano S&P 500 fechou na máxima desde dezembro de 2007, guiado por bons resultados corporativos. 

Vale ressaltar que as bolsas norte-americanas não registram quedas tão intensas, operando perto da estabilidade. Na agenda do país, destaque para a  divulgação dos pedidos de bens duráveis, com crescimento de 4,6% – bastante acima da passagem mensal de 0,8% para 1,6%. 

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Contribuem para o movimento negativo a forte queda de ações com grande participação no Ibovespa, como o caso da Vale (VALE3, R$ 38,87, -2,83%; VALE5, R$ 37,74, -2,30%), OGX Petróleo (OGXP3, R$ 4,69, -2,70%). Os investidores também avaliam o resultado do Bradesco (BBDC4), que abriu a temporada de resultados brasileiros com um lucro líquido de R$ 2,9 bilhões no quarto trimestre, alta de 6,1% sobre o mesmo período do ano anterior. A ação do banco cai 3,39%, aos R$ 36,47.

Outras instituições financeiras viram seus papéis registrarem perdas, como o Banco do Brasil (BBAS3), Itaú Unibanco (ITUB4) e Itaúsa (ITSA4), com baixas respectivas de 3,43%, 3,05% e 3,05%. As ações da Usiminas (USIM3;USIM5), por sua vez, registraram a sua sexta sessão seguida de queda, com queda de 2,31% para os papéis ON e e de 2,74% das ações PNA. 

Agenda nacional e China
No cenário local, as expectativas de crescimento da economia brasileira voltaram a piorar. O Relatório Focus mostra que a projeção do mercado recuou de 3,19% para 3,10%, na quarta semana de piora nas expectativas.

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Por outro lado, o otimismo ficou por conta da China, onde o principal índice acionário, o de Shanghai Composite, saltou 2,4% depois do governo anunciar nova alta no lurco das indústrias. Os ganhos delas subiram 17,3% em dezembro, na comparação anual. Esse é o quarto mês consecutivo de melhora nos ganhos, embora em novembro (+22,8%) e outubro (+20,5%) a alta tenha sido mais intensa.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.