Ibovespa cai e perde os 108 mil pontos com queda de bancos; dólar sobe e volta para R$ 4,00

Mercado interrompe sequência de quebras de recordes históricos, em meio à cautela antes do Copom e do Fed

Ricardo Bomfim

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SÃO PAULO – O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira (29) pressionado pelas ações de bancos como Itaú Unibanco (-1,77%), Bradesco (-1,38%) e Banco do Brasil (-0,27%). A realização de hoje vem na esteira de um forte rali da Bolsa, que levou o índice a superar os 108 mil pontos na véspera.

Com isso, o Ibovespa teve baixa de 0,58% a 107.556 pontos com volume financeiro negociado de R$ 14,971 bilhões.

Já o dólar comercial registrou alta de 0,28% a R$ 4,0025 na compra e a R$ 4,0032 na venda. O dólar futuro para novembro tem ganhos de 0,26% a R$ 4,002.

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No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 recua quatro pontos-base a 4,37% e o DI para janeiro de 2023 tem baixa de três pontos-base a 5,36%.

A cautela que deu o tom no mercado hoje é provocada pelas expectativas antes das reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) nos EUA e do Comitê de Política Monetária (Copom) aqui no Brasil. Espera-se que ambos reduzam as taxas de juros amanhã.

Outro destaque macro no pregão desta terça é a nova derrota do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, em convocar novas eleições.

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Quem também trouxe algum impacto foi a China, que acusou nesta terça-feira os Estados Unidos de “comportamento de intimidação econômica”, após reguladores americanos citarem ameaças à segurança ao propor corte de financiamento para equipamentos chineses em redes de telecomunicações do país.

Por outro lado, nem tudo é negativo, já que existe a possibilidade de que os Estados Unidos estendam a isenção tarifária sobre US$ 34 bilhões em produtos chineses, prevista para acabar em dezembro.

Por aqui, o ministro da Economia, Paulo Guedes, prepara um plano em cinco frentes como pauta pós-Previdência: reforma administrativa, Proposta de Emenda à Constituição (PEC) emergencial, PEC DDD – que pretende desindexar, desvincular e desobrigar gastos do orçamento – Pacto Federativo e programa de ajuda aos Estados.

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No Corporativo, no exterior, serão divulgados os balanços de General Motors, Mastercard, Kellogg, Merck e Pfizer. No Brasil, destaque para Magazine Luiza, Cielo e Duratex.

Noticiário Corporativo

O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga a tragédia em Brumadinho (MG) propôs no parecer o indiciamento das empresas Vale (VALE3), TÜV SÜD e de mais 22 pessoas. Hoje, está prevista sessão que vai discutir o parecer.

A CCR (CCRO3) teve lucro líquido de R$ 340,2 milhões no terceiro trimestre, montante 6,9% inferior que o reportado um ano antes. A empresa informou que, em bases comparáveis, o lucro atingiu R$ 352,1 milhões, retração de 3%.

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A B2W (BTOW3), controladora de sites como Americanas.com, Submarino e Shoptime, fechou parceria com a Centauro para lançar uma plataforma de venda online de artigos esportivos. Em comunicado, a B2W afirma que vai vender artigos oferecidos pela Centauro em suas páginas na categoria Esportes.

A partir de terça (29), as companhias vão lançar o site Centauro by Americanas.com, que vai contar, segundo a B2W, como marcas e produtos que antes só eram encontrados em sites especializados. O consumidor poderá comprar os artigos e retirar nas lojas físicas da Centauro. E para os endereços próximos das lojas físicas, haverá a opção de entrega expressa.

A BRF (BRFS3) informou que irá investir US$ 120 milhões em uma unidade de processamento de produtos de frango na Arábia Saudita. Segundo comunicado ao mercado, um Memorando de Entendimentos (MOU) foi assinado com a Saudi Arabian General Investment Authority (SAGIA), em caráter não-vinculante, contemplando a construção e operação, pela BRF, da planta.

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A companhia destacou que o investimento irá possibilitar a expansão e a consolidação no mercado saudita. “O portfólio de produtos da nova fábrica incluirá empanados, marinados, hambúrgueres e outros. Os produtos serão destinados majoritariamente ao mercado saudita, mas também poderão ser exportados para outros países na região”, afirmou a BRF.

(Com Agência Estado, Agência Brasil, e Bloomberg)

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.