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Ibovespa avança 1,81% e supera 108 mil pontos, com Petrobras (PETR4) e queda da curva de juros; Dólar cai a R$ 5,11

Curva de juros brasileira tem forte recuo com melhora de perspectiva do mercado para inflação em 2022

Vitor Azevedo

B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa fechou com alta expressiva nesta segunda-feira (8), de 1,81%, aos 108.402 pontos, no quinto avanço seguido. O principal índice da Bolsa brasileira foi melhor do que seus pares americanos, auxiliado, principalmente, pela queda da curva de juros.

Nos Estados Unidos, o Dow Jones avançou 0,09%, enquanto S&P 500 e Nasdaq recuaram, respectivamente, 0,12% e 0,10%. Investidores, por lá, continuam de olho na publicação de dados macroeconômicos, com a semana sendo marcada pela publicação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) na quarta-feira.

“Tivemos bons dados de criação de emprego nos EUA na semana passada, com Payroll vindo o dobro do que o esperado, derrubando a narrativa de grande recessão”, comenta Felipe Moura, analista da Finacap Investimentos.

Apesar da iminência da publicação de um novo dado de inflação e de o mercado de trabalho americano se mostrando forte, os treasuries yields para dez anos recuaram 9,7 pontos-base, para 2,743%, se recuperando parcialmente das altas da última sexta – quando houve a divulgação da criação de vagas de julho.

No Brasil, a curva de juros também fechou em queda, principalmente na ponta longa. Os DIs para 2027 e 2029 tiveram, ambos, suas taxas caindo 27 pontos-base, para 11,75% e 11,96%, respectivamente. Os yields DIs para 2031 recuaram 29 pontos, para 12,04%. Os DIs para 2025 viram seus rendimentos recuando 23 pontos, para 11,90%, e os para 2023, três pontos, para 13,74%.

“Acho que o mercado vem incorporando bem os cortes de projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano. O consenso para o final de 2022 saiu de 8,9%, no início de junho, para 7,1% agora”, explica o especialista da Finacap.

Amanhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga a inflação registrada em julho.

“A gente tem um mercado mais otimista em relação ao IPCA de julho, que sai amanhã, com o consenso esperando uma deflação de 0,80% a 1%. O mercado espera também deflação em agosto e, mais recentemente, começaram rumores de uma deflação em setembro”, aponta André Luzbel, head de renda variável da SVN Investimentos.

O especialista explica que a queda da curva gera alívio no custo de capital das companhias e na precificação de ativos de risco. “Como o setor que mais sofre com juros alto é o setor de varejo, é ele também que se beneficia desse cenário de queda”, contextualiza.

Entre as maiores altas do Ibovespa, ficaram as ações ordinárias da Magazine Luiza (MGLU3), com mais 3,48%. Outras companhias de crescimento como a Totvs (TOTS3) e a Méliuz (CASH3) tiveram altas de, respectivamente, 4,67% e 3,08%.

O destaque entre as altas, no entanto, ficou para as ações preferenciais da Gol (GOLL4), que avançaram 6,41%, e da Azul (AZUL4), que subiram 6,12%. As companhias aéreas se beneficiam, principalmente, do cenário de fortalecimento do real, com o dólar caindo 1,04%, a R$ 5,112 na compra e a R$ 5,113 na venda.

Por fim as ações ordinárias e preferenciais da Petrobras (PETR3;PETR4) também registraram fortes altas, de 4,82% e 5,05%. Segundo os especialistas, investidores estão se posicionando para tentar usufruir da distribuição de proventos da companhia – que foi uma das grandes responsáveis por puxar o Ibovespa.

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