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Ibovespa avança 1,16% e vai a 113 mil pontos, com ações de bancos e mercado interno; dólar cai 1,10%, a R$ 5,14

Banco se recuperam de quedas causadas por caso Americanas e companhias ligadas ao mercado interno se beneficiam de IPCA-15

Vitor Azevedo

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O Ibovespa fechou em alta de 1,16% nesta terça-feira (24), aos 113.028 pontos. O principal índice da Bolsa brasileira destoou do que foi visto no exterior, onde a tendência foi de queda, com ajuda dos papéis de bancos e também de exportadoras de commodities.

“Por aqui, o Ibovespa fez um pregão de alta sustentado pelos ganhos nos papéis da Vale (VALE3), Eletrobras (ELET3), Localiza (RENT3) e bancos privados, que recuperaram parte da forte queda de ontem”, explica Leandro De Checchi, analista de investimentos da Clear.

Após o temor dos impactos do caso da Americanas (AMER3) no balanço das instituições financeiras, hoje as ações ordinárias e preferenciais do Bradesco (BBDC3;BBDC4) subiram, respectivamente, 1,12% e 1,07%, e as unitárias do Santander (SANB11), 3,11%.

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“Hoje foi um dia de recuperação dos ativos que muito apanharam nos últimos dias. Bancos sustentaram suas altas. Observamos também que, fora os bancos, a Vale e outras exportadoras de commodities subiram. Lá fora, dia de menor liquidez por conta da falta de mercados asiáticos, em meio ao ano novo lunar. Mesmo com isso, se mantem o otimismo com commodities, em meio à reabertura chinesa”, debate Matheus Spiess, analista da Empiricus.

De acordo com os especialistas, a divulgação do IPCA-15, pela manhã, também foi parcialmente positiva – apesar de um pouco acima do esperado, o dado trouxe certa fraqueza na alta dos gastos com serviços e também uma desaceleração dos núcleos.

A composição melhor do IPCA-15, junto com o fato de a primeira reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) sob o governo Lula, que estava programada para quinta-feira (26), ter sido adiada para fevereiro (dia 16), tirou um pouco do ruído doméstico que poderia atrapalhar o mercado, avalia Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset.

A curva de juros brasileira caiu em bloco. Os DIs para 2024 recuaram nove pontos-base, a 13,49%, e os para 2025, 16 pontos, a 12,69%. Os contratos para 2027 foram a 12,73%, com menos 18 pontos, e os para 2029, a 12,94%, com menos 21 pontos. Os DIs para 2031 recuaram 21 pontos, a 13,03%.

“Isso favoreceu o setor de varejo, com destaque de alta no dia para as ações do Magazine Luiza (MGLU3) e CVC (CVCB3)”, destaca De Checchi, mencionando os papéis que subiram, na sequência, 8,66% e 8,65%. “O movimento favoreceu a queda do dólar frente ao real, na contramão do mercado externo, e reforça a percepção de algum apetite ao risco no mercado brasileiro”.

Kautz, ao falar sobre a queda do dólar frente ao real, pontua que a moeda brasileira também foi beneficiada pela valorização das commodities – o peso chileno e o peso mexicano, também muito ligadas a produtos não manufaturados, tiveram sessão de valorização. Por aqui, a divisa americana fechou com baixa de 1,10%, a R$ 5,142 na compra e a R$ 5,143 na venda.

As Bolsas americanas fecharam sem direção exata. O Dow Jones conseguiu subir 0,31%, mas o S&P 500 caiu 0,07% e o Nasdaq, 0,27%.

“O mercado externo segue misto sem direção bem definida e com alguma expectativa de desaceleração no aperto monetário nos EUA e atento à temporada de balanços. A leitura dos PMI´s de serviços e industrial levemente acima das expectativas favoreceu a recuperação parcial das bolsas americanas após abertura em queda”, explica o especialista da Clear Corretora.