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SÃO PAULO – O Ibovespa acelera seus ganhos mais perto do fim do pregão nesta quarta-feira (7) tentando a recuperar 50 mil pontos depois das fortes baixas em dezembro. Além do repique do petróleo, fala do senador Romero Jucá (PMDB-RR) de que corte de gastos do governo é “correto e positivo anima o mercado. O movimento é de repique do petróleo repercutindo nas bolsas norte-americanas, que sobem mais de 1% e ajuda a puxar o índice da Bolsa brasileira. Às 15h51, o índice subia 3,79%, a 49.819 pontos.
Ações das principais blue chips, Petrobras (PETR3; PETR5), Vale (VALE3; VALE5) e bancos disparavam com força.
Em entrevista para a Agência Estado, o senador afirmou: “se ele (o governo) quer dar exemplo, tem de começar por cortar as próprias despesas administrativas”, afirmou. “Não é um volume de recursos alto (no corte), mas é pedagógico e indica que o governo começa a fazer o dever de casa”, completou.
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No radar continua a expectativa pelo anúncio de medidas de contenção de gastos pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy e os rumores sobre a Petrobras (PETR3, R$ 8,46, +4,96%; PETR4, R$ 8,68, +4,20%) em relação a uma redução nos preços da gasolina para enfrentar os concorrentes. A companhia ainda ontem que concluiu com sucesso negociação com credores que demandavam demonstração contábil do terceiro trimestre de 2014 revisada por auditor externo até fim deste mês, que ainda não foi publicada em meio a denúncias de corrupção que podem resultar em baixas contábeis.
Entre os destaques nas ações hoje continuam os papéis da estatal que sobem mais de 3% em correção às fortes perdas dos últimos dias. Nos dois últimos pregões, os papéis da estatal já acumulam 11% de queda em vista da continuidade dos escândalos de corrupção na companhia investigados pela Operação Lava Jato da Polícia Federal e da recente derrocada dos preços do petróleo para os menores níveis em cinco anos e meio, abaixo dos US$ 50 por barril. Na sessão de ontem, rumores de que a petroleira poderia reduzir os preços da gasolina para combater a concorrência ajudaram a acelerar as perdas das suas ações.
Outra blue chip, a Vale (VALE3, R$ 22,74, +4,31%; VALE5, R$ 20,09, +4,15%) mantém trajetória de alta iniciada ontem e puxada por uma recuperação nos preços do minério motivada principalmente por espera por melhoras na economia chinesa. O principal produto da mineradora sobe 1,7%, a US$ 71,64.
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Assim como as ações da Vale, as siderúrgicas estendem os fortes ganhos da véspera em meio à notícia de que as companhias do setor anunciaram um reajuste dos preços do aço entre 5% e 8%, dependendo do produto, à rede de distribuição, que incluem Gerdau (GGBR4, R$ 10,40, +7,33%), Usiminas (USIM5, R$ 5,07, +7,42%) e CSN (CSNA3, R$ 5,77, +11,39%).
Na véspera, o Goldman Sachs disse que cada aumento de 1% nos preços devem adicionar R$ 167 milhões de Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) anualmente à empresa. Hoje, o BTG Pactual elevou a recomendação das ações da Gerdau para compra.
As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
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As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
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Inflação na zona do euro e Fed
Nas bolsas europeias, o principal driver é o CPI e a expectativa de deflação em 2014 na ZE, reforçando a aposta por medidas de incentivo na política monetária. Assim, os principais índices europeus operam em alta de mais de 1%.
O mercado também fica atento ainda a minuta do Fomc (Federal Open Market Committee), em meio às expectativas de que a autoridade monetária norte-americana traga pistas sobre o início da taxa de juros em 2015.
Entre os outros indicadores na maior economia do mundo, soma-se o aumento na criação de postos de trabalho no setor privado dos Estados Unidos. Foram abertas 241 mil vagas, superando as expectativas de analistas. Do lado da Balança Comercial, o déficit do país foi de US$ 39 bilhões.
Do Japão e Austrália à Alemanha, os custos de empréstimos de governos atingiram mínimas históricas uma vez que o petróleo recuou 10 por cento em apenas dois dias e investidores enfrentavam o risco de deflação global.