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SÃO PAULO – Hugo Chávez, 58, presidente da Venezuela, morreu nesta terça-feira (5) em decorrência de um câncer, informou o vice-presidente do país, Nicolás Maduro.
Líder da “Revolução Bolivariana”, ele lutava contra um tumor maligno na pélvis diagnosticado em junho de 2011, e estava internado no Hospital Militar de Caracas desde o dia 18 de fevereiro, após regressar de sua última internação em Cuba.
No dia 15 de fevereiro, fotos de Hugo Chávez com suas filhas, ainda no hospital em Havana, foram divulgadas pelo Palácio de Miraflores. Três dias depois, uma mensagem no Twitter anunciava sua volta à Venezuela e sua luta contra a doença:
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“Hemos llegado de nuevo a la Patria venezolana. Gracias Dios mío!! Gracias Pueblo amado!! Aquí continuaremos el tratamiento”.
Reeleito para um novo mandato nas eleições de 7 de outubro, Chávez deveria assumir a presidência no dia 10 de janeiro. Antes de partir para a sua quarta internação em Cuba, porém, nomeou o vice-presidente, Nicolás Maduro, como seu sucessor.
Crítico feroz do neoliberalismo, Chávez chegou ao poder em 1999 com um discurso de cunho socialista; reestatizou empresas e bancos estrangeiros e redistribuiu riquezas, atitudes que lhe renderam uma tentativa de golpe de Estado em 2002 e inimigos poderosos, dentro e fora do país.
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Amado e odiado, atingiu uma popularidade recorde na Venezuela — que lhe garantiu sucessivas vitórias eleitorais e domínio do Parlamento (Assembleia Nacional) — e conseguiu feitos políticos e sociais que o alçaram ao posto de maior opositor dos EUA no continente, vaga então ocupada pelo ex-líder cubano e mentor Fidel Castro.
Adepto do “Socialismo do Século 21”, Chávez conseguiu feitos como erradicar o analfabetismo e oferecer a gasolina mais barata do mundo. No entanto, segundo seus críticos, à custa de petrodólares e de uma inflação galopante, minando a produção nacional e afastando o investimento estrangeiro.
Segundo dados preliminares divulgados pelo Banco Central do país, a economia da Venezuela cresceu 5,5% em 2012, superando a estimativa de alta de 5%, e acima da expansão de 4,2% registrada em 2011. Para 2013, a previsão do governo é de crescimento de 6%. Em julho de 2012, a Venezuela entrou oficialmente no Mercosul.
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Com a sua morte, novas eleições deverão ser convocadas.
