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SÃO PAULO – Apesar dos drivers negativos no curto prazo para as ações da Cielo (CIEL3), como a proposta de regulamentação e o fim da exclusividade da American Express e Elo, o HSBC se mantém otimista com a companhia. Com isso, a recomendação para os papéis CIEL3 seguem outperform (desempenho acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 66,40 – o que configura um potencial de valorização de 27,57% em relação ao fechamento da última quinta-feira (1).
“Mantemos nosso otimismo sobre a história de investimento – forte crescimento no uso de cartões e quedas graduais no preço – apesar dos riscos de curto prazo”, avalia o analista Paulo Ribeiro.
A proposta para a regulamentação de pagamentos por meios eletrônicos móveis no Brasil, que está sendo preparada pelo Banco Central e será apresentada para a presidente Dilma Rousseff, pode impactar a Cielo, aponta o analista.
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Entretanto, considerando a contribuição de menos de 1% do tipo de pagamento para a receita operacional, o impacto deve ser limitado. De acordo com o analista, o grande perigo é a Cielo ser classificada como instituição financeira, trazendo riscos consideráveis e dois possíveis impactos no âmbito fiscal.
Para Ribeiro, a expectativa é de que a Cielo não pague IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre a antecipação de recebíveis ou tenha um aumento na carga tributária corporativa, caso seja classificada como instituição financeira.
Supervisão regulatória e perda de exclusividade: impacto limitado
O aumento da supervisão regulatória pelo Banco Central não significa controle de preços, aponta Ribeiro. Isto porque o analista compartilha da crença de que a autoridade monetária – principal articuladora das políticas do governo sobre pagamento -, está ciente dos benefícios sociais e fiscais do aumento no uso de cartões de pagamento. Além disso, Ribeiro ressalta como um dos possíveis obstáculos e da complexidade dos controles de preços no setor.
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Já a perda de exclusividade da Cielo como prestadora de serviços de rede para Amex e os vouchers Visa Vale e Alelo é ruim do ponto de visto estratégico, avalia Ribeiro, já que representam um fator de diferenciação. Entretanto, estas parcerias respondem menos de 2% da receita operacional, não sendo muito representativo e já estando computada na projeção. Deste modo, com o impacto limitado sobre a receita, o HSBC segue com perspectivas positivas para o papel CIEL3.