Hora de realizar os lucros? Para Citi, há 5 sinais para acreditar que o rali da Bolsa vai continuar

Entre os motivos, analistas citam o comportamento dos investidores locais; um estudo feito por eles indica que uma alta de 10% nas ações pode levar a uma entrada de cerca de R$ 850 milhões nos seis meses subsequentes

Paula Barra

Publicidade

SÃO PAULO – A alta de 65% do Ibovespa desde a mínima deixada no ano – em 26 de janeiro – não é motivo para pensar em realização, segundo analistas da Citi Corretora. Para eles, há cinco sinais técnicos que indicam que o rali da Bolsa está longe do fim. 

Entre os fatores, a histórica correlação de taxa de juros baixa ou em queda com entrada de fluxo doméstico, investimentos de curto prazo e fundos de multiestratégia. Para a corretora, a queda da Selic deve começar na próxima reunião de 19 de outubro, com com corte de 50 pontos-base.

O segundo sinal é a forte correlação entre a entrada local e a performance passada, o que significa que os investidores locais se comportam como investidores de “momentum”. Segundo análise da corretora, uma alta de 10% nas ações pode levar a uma entrada de cerca de R$ 850 milhões nos seis meses subsequentes. O que sustenta a perspectiva de que a alta de 24% do índice desde o meio de junho irá atrair mais entrada de fluxo doméstico.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Eles citam também os números da consultoria EPFR Global, que mostram entrada de fluxo de fundos nos mercados emergentes em 2016, contrastando com uma saída de US$ 5 bilhões desde 2013. “Acreditamos que esse driver irá continuar devido a melhora na perspectiva macroeconômica e recuperação nos preços das commodities”, disseram.

Além disso, o “short interest” (operações na ponta vendedora) caiu em 2016. No entanto, o patamar continua elevado em termos histórico, o que pode levar a um “short squeeze” (pressão dos vendidos) no mercado. Segundo os analistas, o aluguel de ações (instrumento usado por quem quer operar “short”) entre todos os investidores em ações de energia e materiais está perto da máxima histórica. Ou seja, se os preços das commodities continuarem a subir esse posicionamento pode ser revertido, provocando uma forte valorização do preço das ações brasileiras, comentaram.