Homem larga Wall Street e abre pizzaria para combater a fome

Cansado da vida de escritório, Mason se mudou para Philadelphia e inaugurou um estabelecimento que arrecada dinheiro para alimentar moradores de rua

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Quando Mason Wartman, de 27 anos, deixou seu trabalho em Wall Street para abrir uma pizzaria, ele não tinha ideia de que poderia ajudar tantas pessoas em tão pouco tempo.

Cansado da vida dentro de um escritório e motivado pelo sonho de abrir o próprio negócio, ele se mudou para o estado da Philadelphia e inaugurou a Rosa’s Fresh Pizza, uma pizzaria com receitas da família a preços acessíveis. Pelo fato de a comida ser gostosa e barata, sempre atraiu diversos moradores de rua que conseguiam pagar pela fatia sem tanta dificuldade.

Certo dia, um cliente visitou a loja e perguntou se poderia deixar pago um pedaço de pizza para um dos moradores de rua da região. Mason concordou com a ideia e o cliente deixou US$ 1,00, anotando em um post-it uma mensagem para quem se beneficiasse da ajuda. O papel foi colado pelo empresário na parede atrás do caixa.

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A moda pegou e diversos clientes passaram a fazer o mesmo. “Hoje nossas paredes estão cobertas por mensagens positivas que transmitem força e motivação para aqueles que não têm condições de pagar pelos próprios alimentos”, conta Wartman em entrevista ao programa The Ellen Show.

Rosa's Fresh Pizza

Para utilizar o benefício, o morador de rua escolhe um dos bilhetes e troca por uma fatia de pizza. “Ninguém vai comprar um prato de US$ 8 para outra pessoa, por exemplo, mas adicionar US$ 2,00 à refeição de US$ 7,00 é muito mais acessível e permite que as pessoas ajudem quem precisa, com uma pequena quantia”, explica.

A Rosa’s Fresh Pizza alimenta diariamente uma média de 30 a 40 moradores de rua e nos últimos meses já distribuiu mais de 8.500 fatias. “É muito legal ver uma empresa que eu fundei ajudando tantas pessoas”, diz o empresário. Além disso, ele reforça que é gratificante ver as melhorias na comunidade e presenciar todas as pessoas se relacionando de igual para igual: “É muito bom ver a conexão entre moradores de rua e ‘clientes pagantes’. Muitas pessoas quando entram na loja perguntam: ‘alguém realmente usa esse programa?’, sendo que estão sentadas ao lado de um morador de rua e até conversaram com ele, mas não sabem disso”.

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Wartman conta que ao abrir um novo negócio é comum a ideia de que as coisas vão dar errado e de que se demitir do antigo emprego foi uma péssima opção. “Mas no momento atual eu não posso simplesmente fechar a loja, voltar para Wall Street e falar para os 30/40 moradores de rua que vão lá todos os dias, que eu não vou poder mais ajuda-los”.

Apesar de trabalhar na pizzaria ser muito mais puxado e render menos dinheiro no final do mês, Wartman afirma que é muito mais divertido e gratificante do que Wall Street. “Estou mais feliz agora”, conclui.