Hedge funds que negociaram na Binance viram alvo de investigação de lavagem de dinheiro, diz jornal

Autoridades intimaram empresas americanas que operaram na exchange nos últimos meses

CoinDesk

(Vadim Artyukhin/Unsplash)

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Promotores federais dos EUA estão investigando a relação entre a Binance e os hedge funds norte-americanos como parte de uma investigação mais ampla sobre possível lavagem de dinheiro na exchange, segundo informações do Washington Post.

Citando duas pessoas que revisaram uma das intimações, o jornal afirma que a procuradoria em Seattle solicitou às empresas os registros de suas negociações com a Binance nos últimos meses.

As intimações não significam que as autoridades, necessariamente, apresentarão acusações contra a Binance ou seu fundador e CEO, Changpeng “CZ” Zhao, observou o jornal, pois as autoridades ainda estariam avaliando se as evidências justificariam ingressar com uma ação, e estariam considerando um possível acordo com a exchange.

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O avanço nas investigações ocorre enquanto a Binance enfrenta crise no setor, em meio a uma desconfiança em relação a corretoras de criptomoedas após a implosão da FTX, em novembro.

Nos últimos anos, a Binance adquiriu a reputação de driblar a regulação nos países em que atua, encontrando brechas legais para sustentar suas operações, de acordo com especialistas jurídicos ouvidos pelo Washington Post.

A falta de verificação de identidade pela empresa levantou preocupações de legisladores sobre o papel da plataforma em práticas de lavagem de dinheiro, de acordo com um ex-promotor do Departamento de Justiça citado pelo jornal.

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No ano passado, uma reportagem da Reuters citou evidências de que a Binance teria sido usada como um “centro para hackers, fraudadores e traficantes de drogas” com conexões com o mercado da dark web Hydra, com sede na Rússia.

As finanças da empresa também são consideradas um mistério. No mês passado, um representante da Nansen, uma empresa de análise de dados blockchain, disse ao CoinDesk que não há muitos dados [em blockchain] ou qualquer tipo de acesso financeiro ou transparência nas entidades [da Binance]”.

Além disso, a Mazars, que havia publicado um relatório de auditoria das reservas da corretora, apagou o documento do site oficial e anunciou que não trabalharia mais com empresas do ramo.

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Em 2022, a Binance fez esforços para melhorar seu compliance, quintuplicando a equipe desse setor. Além disso, a exchange montou um conselho consultivo global presidido por Max Baucus, ex-senador norte-americano, e que conta com a presença do ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central brasileiro, Henrique Meirelles.

CoinDesk

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