Hapvida (HAPV3): BBA vê redução significativa de riscos após 2T e eleva projeções

Banco comenta que a menor percepção de risco e os resultados consistentes fortalecem o potencial de reavaliação positiva das ações

Felipe Moreira

Foto: Divulgação
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O Itaú BBA elevou o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3), que acumulam alta de 13,51% em agosto, para R$ 67 ao final de 2026, ante R$ 61 anteriormente, destacando uma redução significativa nos riscos após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25).

Segundo o banco, a melhora reflete o controle mais efetivo dos depósitos judiciais, o alinhamento do índice de perdas médicas (MLR, na sigla em inglês) à sazonalidade histórica e a recuperação da base de beneficiários, que passou de perda líquida de 70 mil membros no 1T25 para adição líquida de 58 mil no 2T25.

O BBA ressaltou que a Hapvida conseguiu reduzir o impacto de processos judiciais por meio de uma equipe dedicada a reversões, acordos e eliminação de duplicidades. ” Acreditamos que os depósitos judiciais devam continuar em tendência de queda, potencialmente se tornando um não-problema até o final do ano”, destaca o banco.

Análise de Ações com Warren Buffett

Além disso, a surpresa positiva nos resultados foi a forte recuperação na base de beneficiários. Em um momento em que investidores questionavam as perspectivas de crescimento no Sudeste, houve redução do churn (taxa de cancelamento de clientes), com dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) indicando melhora sequencial na região.

Embora as despesas com G&A (Despesas Gerais e Administrativas) tenham pressionado a margem no trimestre, a companhia apresentou geração de caixa sólida, mantendo a expectativa de FCFE yield (retorno de fluxo de caixa livre para acionistas) de 9% em 2026.

Por fim, o BBA manteve a recomendação equivalente à compra (outperform), reforçando que a menor percepção de risco e os resultados consistentes fortalecem o potencial de reavaliação positiva das ações no mercado.