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Hapvida (HAPV3): ação salta após balanço animar e mostrar que “virada” segue em curso

A Hapvida divulgou resultados considerados positivos pelo mercado, com queda de despesas financeiras e avanço no fluxo de caixa

Camille Bocanegra

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A Hapvida (HAPV3) trouxe números considerados robustos por analistas em seu balanço, divulgado na noite desta segunda-feira. As ações da companhia reagem positivamente e avançaram 11,17%, a R$ 4,48 na sessão desta terça.

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O Research da XP apostou na companhia como destaque do setor de saúde no 1T24 e os dados justificaram a crença. A XP apontou que os preços seguiram compensando volumes, à medida que o processo de racionalização da carteira se mantém. A Hapvida segue em movimento de implementação de iniciativas para redução de custos médios e melhoria da sinistralidade. A corretora destacou, ainda, que as despesas financeiras seguem em queda e apontam a tendência de continuidade deste processo.

Para o Bradesco BBI, o resultado superou as expectativas, em especial pelo lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês). O avanço compensou o crescimento mais fraco de receita e foi motivado pela redução da sinistralidade em dinheiro (-1,3 p.p.).

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A análise destacou também o forte fluxo de caixa, com queda de R$ 425 milhões na dívida líquida da companhia em relação ao quarto trimestre de 2023. A classificação de compra foi mantida, com visão ainda mais positiva após os números, com preço alvo de R$ 4,90.

O Morgan Stanley, que classifica Hapvida como “top pick”, analisou os resultados como mais uma surpresa positiva por parte da companhia, com forte recuperação da sinistralidade e lucro líquido positivo se concretizando. Mesmo considerando que os próximos trimestres são mais desafiadores para o setor, o Morgan entende que a empresa segue em caminho certo para continuar entregando resultados fortes.

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Para o Goldman Sachs, a forte margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) ajustada de 14,5%, 1,7 ponto percentual acima da projeção do banco, foi destaque, reforçando que o processo de “turnaround” (virada) da companhia está em curso.

Racionalidade em reajustes

Na teleconferência sobre os resultados, o CEO da companhia, Jorge Pinheiro, comentou que, em algumas regiões, os atendimentos por dengue já começaram a apresentar queda. No entanto, os números ainda estão acima do observado no período pela companhia. “Olhando mais para o longo prazo, isso faz parte da sazonalidade histórica da nossa indústria e não deve afetar”, comentou.

“A gente nota uma dinâmica similar em relação a competição”, considera o executivo sobre os reajustes um pouco mais altos. Na visão do CEO, ainda serão necessários alguns reajustes para que haja a normalização dos preços praticados pelo setor. Ainda, os reajustes devem seguir ligeiramente maiores em regiões como Sudeste e menos expressivos onde a companhia já se encontra mais madura.