Há poucos sinais de pânico em ações de mercados emergentes

De fato, mercados emergentes estão mais calmos agora do que em qualquer outro momento nos últimos dois meses em termos relativos

Bloomberg

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(Bloomberg) – Há uma boa chance de os mercados emergentes escaparem da atual onda de aversão ao risco sem entrar em colapso.

Devido à preocupação com o impacto global de uma segunda onda de infecções por Covid-19, a volatilidade do câmbio em economias em desenvolvimento tem aumentado menos do que em países do G-7.

De fato, mercados emergentes estão mais calmos agora do que em qualquer outro momento nos últimos dois meses em termos relativos. E, antes da recuperação de segunda-feira, ações acompanhadas pelo índice de mercados emergentes MSCI caíam menos do que seus pares nos Estados Unidos.

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Segundo analistas, os mercados emergentes também estão mais resilientes. Empresas de países em desenvolvimento têm divulgado cortes menores das estimativas de lucro do que seus pares nos EUA e em outros mercados desenvolvidos.

Embora esses indicadores ofereçam consolo a investidores que viram ações e moedas serem repetidamente afetadas por oscilações nos mercados dos EUA, muitos podem esperar por valuations mais baratos e melhora do cenário de lucros corporativos antes de voltarem a apostar.

Ainda assim, a história mostra que a aversão ao risco nos EUA nem sempre foi uma sentença de morte para mercados emergentes. Na verdade, em cerca de 25% das vezes, as ações conseguiram obter ganho.

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O Vix – índice de Volatilidade da Bolsa de Opções de de Chicago, conhecido como o indicador do medo de Wall Street – deu um salto de 47% na semana passada, apenas a 14ª vez em que registrou esse aumento ou mais desde 2000. Nas 13 ocasiões anteriores, ações de mercados emergentes superaram o desempenho de papéis dos EUA seis vezes no mês seguinte. Da mesma forma, em seis dessas ocasiões, o prêmio de risco pelos títulos soberanos de países em desenvolvimento caiu no mesmo período.

Até moedas, geralmente o segmento mais vulnerável dos mercados emergentes, subiram em quatro dessas 13 ocasiões. E as perdas em outros casos eram geralmente pequenas: o índice de moedas MSCI caiu mais de 1% apenas quatro vezes.

No entanto, a influência do Vix na percepção de risco de mercados emergentes se aprofundou com a escalada da guerra comercial EUA-China. Em cada uma das quatro ocasiões desde janeiro de 2018 em que o indicador subiu mais de 50%, provocou queda das ações e moedas.

Muito vai depender se o recente surto de Covid-19 na China se tornará algo mais sério. Mas, se permanecer sob controle, investidores podem continuar apostando na resiliência de mercados emergentes.

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