Guterres defende afastamento dos combustíveis fósseis e coalizão para energia verde

O secretário-geral das Nações Unidas ressaltou que em todas as negociações há fase de divergências

Estadão Conteúdo

Belém (PA), 06/11/2025 - Secretário-Geral da ONU, António Guterres, discursa durante plenária geral dos líderes na cúpula do clima, COP30. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
Belém (PA), 06/11/2025 - Secretário-Geral da ONU, António Guterres, discursa durante plenária geral dos líderes na cúpula do clima, COP30. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

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O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, reforçou há pouco que o afastamento dos combustíveis fósseis é uma “necessidade”, repetindo a linguagem multilateralmente estabelecida sobre o processo de transição energética. “Não haverá solução sem uma transição justa para longe dos combustíveis fósseis”, avaliou em coletiva de imprensa em Belém (PA) durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30).

Hoje, Guterres também conclamou os países a uma nova coalizão para energia verde e ressaltou que em todas as negociações sempre há fase de divergências. Na COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, foi fechado acordo que propôs pela primeira vez a “transição em direção ao fim dos combustíveis fósseis”.

O texto menciona expressamente que os países devem mudar os seus sistemas energéticos “de forma justa, ordenada e equitativa”. O documento também insta os 198 países-membros da convenção a “acelerarem a ação nesta década crítica para atingir a neutralidade de carbono até 2050, segundo a ciência”. O “como fazer” é o que ainda está pendente. O tema divide as delegações e, se houver avanço, será considerado uma das vitórias da Conferência em Belém (PA).

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Na coletiva de hoje foi repetido que os orçamentos soberanos, dos países, são limitados. Nesse caso, o setor privado, mercados financeiros e bancos multilaterais precisam aumentar a participação no processo de financiamento climático. Guterres defendeu ainda equilíbrio entre adaptação e mitigação. O primeiro trata da capacidade de buscar preparo para conviver com os impactos do clima em mudança. O segundo é a própria redução das emissões de gases de efeito estufa.