GPA (PCAR3): o que esperar para as ações após cisão do Éxito? Genial vê 5 catalisadores positivos

Genial apontou cinco catalisadores positivos que podem fazer o caixa do GPA ganhar tração no curto e médio prazo

Felipe Moreira

Publicidade

Apesar da ação do GPA (PCAR3) ter caído quase 20% na sessão anterior (23), a Genial Investimentos ressaltou que não há motivos para preocupações, uma vez que o movimento reflete a segregação entre os ativos brasileiros e os de sua ex controlada, Grupo Éxito (EXCO32).

O varejista entregou aos seus acionistas 1,08 bilhão de ações do Éxito, na proporção de 4 BDRs do Éxito para cada ação do PCAR3. A transação foi concluída via redução de capital na ordem de R$ 7,13 bilhões, com o GPA distribuindo aproximadamente 83% das ações do Éxito e mantendo um controle minoritário de 13% no Éxito (potencial monetização no futuro).

Na prática, isso significa que o investidor que detinha uma posição em GPA (ou no ativo PCAR3) até a data de corte (22 de agosto) recebeu a proporção do novo ativo, referente ao BDR do Grupo Éxito (EXCO32).

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Então, somando o preço de fechamento da ação da varejista brasileira de R$ 6,56 (-19,4%) ao valor do BDR de R$ 14,35 (+24,6%) na véspera, o investidor que estava posicionado na companhia fechou o dia com um valor de R$ 20,91 (6,4% acima do valor da ação do GPA antes da cisão). “Ou seja, no final, o investidor que tinha PCAR3 na terça-feira e segurou PCAR3 e EXCO32 na quarta-feira não perdeu dinheiro, dada a forte valorização do BDR”, explica Genial Investimentos.

O movimento se assemelha quando houve a cisão do Assaí (ASAI3) do GPA, em março de 2021, fazendo os ativos ASAI3 saltarem na estreia e dos GPA caírem forte.

A equipe de research da corretora não acredita que a volatilidade deva se repetir com tamanha magnitude ao longo dos próximos pregões, “contudo, a oportunidade de risco-retorno está servida”.

Continua depois da publicidade

Nesse cenário, a Genial destacou cinco catalisadores positivos que podem fazer o caixa do GPA ganhar tração no curto e médio prazo: “(i) spin-off do Éxito (já realizado); (ii) alavancagem operacional e recomposição de margens; (iii) venda da participação de 34% da CNova (braço de comércio eletrônico europeu do Casino); (iv) venda da operação de postos de combustíveis; e (v) negócios imobiliários, como a alienação da sede (SP) e a venda do terreno próprio do Rio de Janeiro”.

Com as novas estratégias de aumento de exposição e vendas de perecíveis surtindo efeitos positivos e considerando o início da retomada de fluxo para supermercados premium (anteriormente concentrada no modelo de atacarejo), a casa projeta que, ao final de 2023, o GPA deve alcançar uma margem Ebitda (Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, sobre receita) de 7,0% (+40 pontos-base na comparação anual), se aproximando de 8,0% ao final de 2024 (porém um pouco abaixo do guidance dado pela companhia).

Em termos de valuation, considerando o preço de fechamento da quarta-feira (23), a R$ 6,76, dívida líquida de R$ 2,9 bilhões e arrendamento de R$ 4,18 bilhões, a ação do GPA negocia a 5,2 vezes Valor da Firma/Ebitda para 2024 – descontada em relação ao setor, na visão da Genial. Com isso, a casa mantém recomendação de compra.