GPA fará reorganização e comprará Éxito; Eletrobras tem derrota bilionária no STJ e mais notícias

Confira os destaques corporativos desta quinta-feira (27)

Equipe InfoMoney

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No Radar InfoMoney desta quinta-feira (27) destaque para o GPA com o anúncio de plano de simplificação da estrutura na América Latina, para a TIM com novo programa de recompra de ações e à Eletrobras com perda de disputa bilionário no STJ. Confira esses e outros destaques corporativos.

GPA (PCAR4)

O controlador do Grupo Pão de Açúcar (GPA), o francês Casino Guichard-Perrachon, apresentou ontem à noite um plano para simplificar sua estrutura na América Latina. A reorganização envolve uma oferta pública a ser lançada pelo GPA para comprar, em dinheiro, até a totalidade das ações do Almacenes Éxito, companhia de capital aberto localizada na Colômbia.

Segundo o fato relevante, a operação envolve também a migração do GPA para o Novo Mercado da B3, com a conversão de todas as ações preferenciais (sem direito a voto) do GPA em ordinárias (com direito a voto) à razão de um para um. O conselho do GPA diz que a transação trará benefícios com a simplificação da estrutura na América Latina, melhora na governança e aumento potencial na base investidores.

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No fim de maio, o Rallye, controlador do Casino, obteve proteção judicial contra credores na França. O Rallye tem dívida líquida de ? 2,9 bilhões, dos quais ? 2,7 bilhões são oriundos do Casino, do qual é o maior acionista. Nos últimos meses, o grupo Casino tem realizado uma série de vendas de ativos não estratégicos do Casino fora da Europa para tentar reestruturar as dívidas de suas companhias.

Em relatório a clientes, o Bradesco BBI avaliou que, dadas as circunstâncias da operação apresentada, o negócio “é positivo”, abrindo caminho para a migração da companhia ao Novo Mercado. Para os analistas Richard Cathcart, Pedro Fagundes e Helena Villares, o movimento traz uma expectativa de alta de cerca de 11% no lucro líquido por ação em 2020.

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O Bradesco manteve a recomendação de “outperform”, mas com um novo preço-alvo, de R$ 112, ante R$ 110 de antes.

Via Varejo (VVAR3)

A Via Varejo, que foi vendida pelo GPA no dia 15 de junho, anunciou ontem que Michael Klein será o novo presidente do conselho de administração da empresa, enquanto Roberto Fulcherberguer foi eleito para o cargo de diretor presidente. A diretoria da varejista também terá mudanças. Abel Ornelas Vieira passa a ocupar o cargo de vice-presidente Comercial e de Operações; Sérgio Augusto França Leme assume como vice-presidente Administrativo; e Orivaldo Padilha fica com o cargo de Diretor Financeiro e de Relações com Investidores. Felipe Negrão permanece na varejista, mas agora como diretor sem designação específica.

JBS (JBSS3)

O jornal Valor Econômico destaca que, dois anos após fechar acordo com bancos no Brasil para preservar linhas de crédito em meio à crise da delação dos controladores – família Batista –, a JBS pagou mais de R$ 13 bilhões em dívidas bancárias no País, reduzindo esses compromissos a cerca de R$ 8,7 bilhões. Segundo a publicação, os pagamentos, intensificados neste semestre, já viabilizam a liberação de garantias (ativos e recebíveis) e o fim do acordo com as instituições, o que, na prática, traz o retorno da normalidade na relação com os bancos.

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Eletrobras (ELET3;ELET6)

Iniciada há 50 anos, uma conta de R$ 17,9 bilhões deverá ser paga pela Eletrobras e não pela União, de acordo com decisão tomada ontem pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). De acordo com o jornal Valor Econômico, os valores referem-se a empréstimos compulsórios que começaram a ser cobrados na década de 60 sobre o consumo de energia de grandes consumidores.

TIM (TIMP3)

A TIM informou ontem que abriu um novo programa de recompra de ações, de até 930.466 ações ordinárias, sem redução do capital social, que correspondem a 0,04% do total de ações ordinárias da Companhia ou 0,12% do total de ações em circulação. O Programa permanecerá em vigor até 30 de junho de 2020.

A tele informou ainda o encerramento do seu programa de recompra de ações, iniciado em 23 de outubro de 2018. Durante o período, foram adquiridas 377.052 ações ordinárias a um preço médio de R$ 11,64, “para fazer frente às obrigações decorrentes do plano de Incentivo de Longo Prazo baseado em ações e dirigido aos executivos da Companhia”.

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Camil (CAML3)

A Camil teve sua recomendação rebaixada pelo J.P. Morgan a Neutra, com preço-alvo de R$ 7,50.

EZTec (EZTC3)

A construtora EZTec foi elevada à recomendação de compra pelo Santander, com preço-alvo de R$ 33,80.

Banco Inter (BIDI4)

O Banco Inter informou ontem que fará o desdobramento das ações ordinárias e das ações preferenciais, sem alteração no valor do capital social, de modo que cada ação será desdobrada em seis ações da mesma espécie daquelas atualmente existentes.

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“As ações resultantes do desdobramento serão da mesma espécie das ações originárias e, uma vez aprovado o desdobramento pelo Banco Central do Brasil, conferirão integralmente aos seus titulares os mesmos direitos e vantagens das ações atualmente existentes, inclusive a dividendos, juros sobre capital próprio e bonificações”, destacou.

Segundo o banco, após a aprovação das deliberações pelo Bacen, a instituição informará sobre a data-base do direito ao desdobramento. “Dessa forma, as ações do banco continuarão, até a data a ser oportunamente anunciada, a ser negociadas com direito ao desdobramento e, somente após tal data, passarão a ser negociadas ex-direito ao desdobramento.”

Eletropaulo (ELPL3)

Eletropaulo informou que Enel Brasil protocolou na CVM pedido de registro de oferta pública de aquisição de ações (OPA), para o cancelamento do seu registro de companhia aberta, sob a categoria “A” e conversão para a categoria “B”.

A Oferta será destinada às 8.133.352 ações ordinárias de emissão da Eletropaulo em circulação, correspondentes a 4,056% do capital social total. O preço a ser ofertado será de R$ 48,28 por ação objeto.

Hapvida (HAPV3)

A Hapvida informou que aprovou a emissão de R$ 2 bilhões em debêntures. Segundo o comunicado, as debêntures contarão com garantia fidejussória prestada na forma de fiança pela sua subsidiária a Ultra Som Serviços Médicos, não mais contando com fiança de sua outra subsidiária, Hapvida Assistência Médica Ltda.

“Após a conclusão do processo de aquisição do Grupo São Francisco representado pela totalidade das ações da GSFRP Participações, por meio da Ultra Som, as debêntures também contarão com fiança prestada pela GSFRP, a qual assumirá em conjunto com a Ultra Som, na qualidade de fiadora, todas as obrigações no âmbito das debêntures”, informou.

Movida (MOVI3)

A Movida vai realizar uma emissão de debêntures no valor de R$ 200 milhões, com um prazo de vencimento de 55 meses. Os recursos obtidos serão destinados para quitações de dívidas e gestão ordinária da emissora.

WEG (WEGE3)

A WEG comunicou a criação de uma nova estrutura de negócios digitais para acelerar o desenvolvimento de soluções em softwares, embarcados ou externos aos produtos tradicionais da companhia, bem como transformar em negócio seu sistema de gerenciamento de processos e de manufatura em tempo real.

“A nova estrutura atuará de forma matricial, fomentando e suportando todas as unidades de negócio da companhia para a maior aplicação das novas tecnologias como realidade aumentada e inteligência artificial em nossos produtos e desenvolver serviços digitais”, informou.

Com essas ações, juntamente com a missão de desenvolver o negócio de sensoriamento, IIoT e softwares de monitoramento e análises de dados, a WEG estará oferecendo aos seus clientes a espinha dorsal para a “ indústria 4.0”.

Neoenergia

A Neoenergia realizará o pagamento de juros sobre o capital próprio projetados para o primeiro semestre deste ano, no montante de R$ 338 milhões, correspondendo a R$ 0,2784 por ação ordinária. O pagamento será realizado até 30 de agosto de 2019, com base na posição acionária de 03 de julho, “sendo certo que o referido pagamento integrará o montante do payout de dividendos do ano de 2019”. A partir do dia seguinte as ações passam a ser negociadas “ex-JCP”.

Grendene (GRND3)

A Grendene informou, em função de notícias veiculadas na imprensa esta semana sobre o pedido de recuperação judicial da Paquetá, que a referida empresa é cliente da Grendene há mais de 30 anos e que nesta data a Grendene possui títulos a receber desta empresa, num valor total aproximado de R$ 11,3 milhões, que representam cerca de 1,6% dos recebíveis que a companhia tinha em 31 de março deste ano. “A Companhia irá acompanhar o trâmite deste pedido de RJ no judiciário, tomar as providências cabíveis, e manterá os acionistas e o mercado informados a respeito deste assunto.”

(Agência Estado e Bloomberg)

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