Governo da Venezuela e PdVSA estão em default, declara associação do mercado

A organização reúne 15 membros do mercado de derivativos e decide se é procedente ou não o pedido de acionamento do seguro contra calote

Estadão Conteúdo

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O Comitê de Mercados da Associação Internacional de Swap e Derivativos (ISDA, na sigla em inglês) decidiu por unanimidade nesta quinta-feira declarar que o governo da Venezuela e a estatal petroleira PdVSA estão em default.

A organização reúne 15 membros do mercado de derivativos e decide se é procedente ou não o pedido de acionamento do seguro contra calote (CDS) para dívidas em atraso. O resgate da garantia havia sido pedido por investidores há uma semana.

De acordo com a ISDA, o período de carência para pagamento de bônus de 2027 da PdVSA terminou em 13 de novembro, data-limite também para quitação do cupom de títulos soberanos da Venezuela.

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Agora que o CDS foi acionado, a ISDA informou que uma nova reunião vai ocorrer em 20 de novembro, às 18h (de Brasília), para decidir os detalhes do leilão do seguro.

A declaração do calote por parte da ISDA ocorre na mesma semana em que duas das principais agências de classificação de risco – Fitch e S&P – colocaram as notas do país e da PdVSA em “default seletivo”.

As agências alegaram que a Venezuela descumpriu o pagamento de US$ 200 milhões em cupons de bônus com vencimento em 2019 e em 2024 dentro do período de carência de 30 dias. No caso da PdVSA, estão inadimplentes os cupons de títulos de 2027 e 2037. As quantias deveriam ter sido pagas em 13 de outubro.

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A onda de rebaixamentos ocorre ao mesmo tempo em que o governo venezuelano tenta reestruturar a dívida externa. Executivos do governo e da estatal petroleira PdVSA se reuniram com credores no começo da semana para traçar apresentar a eles um plano de pagamento da dívida em atraso, mas um acordo não foi acertado.

Assim, a Rússia concordou em reestruturar a dívida de US$ 3,15 bilhões da dívida em 10 anos da Venezuela. No entanto, os executivos de Caracas não chegaram a um acordo com a China, para a qual o país sul-americano deve US$ 23 bilhões.