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SÃO PAULO – O governo de coalizão da Finlândia foi desfeito nesta segunda-feira (12) após acordo feito entre o primeiro-ministro, Juha Sipilä, o líder conservador Petteri Orpo e o partido populista Verdadeiros Finlandeses, devido ao giro para a extrema-direita dado pela última sigla com a eleição de sua nova diretoria no último sábado.
No fim-de-semana, Jussi Halla-aho sucedeu a Timo Soini na liderança do partido nacionalista. O novo dirigente coloca-se mais à direita que o antecessor, pedindo a saída da Finlândia da União Europeia e comparando o islã à pedofilia.
Hoje, o primeiro-ministro afirmou que não há condições para trabalhar com o partido de Halla-aho, que no passado foi condenado judicialmente por declarações discriminatórias contra muçulmanos e somalis. O novo dirigente nacionalista defende medidas anti-migratórias como sanções para organizações humanitárias que resgatem refugiados no Mediterrâneo, argumentando que estas incentivam o movimento de africanos para a Europa.
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Os populistas se inclinaram claramente pelo apoio aos candidatos da ala de extrema-direita e xenófoba do partido, e elegeram por ampla maioria Halla-aho. Entre outras afirmações, o novo líder populista já disse que os muçulmanos são propensos à pedofilia e que os somalis – o maior grupo de refugiados na Finlândia – são a escória da África e pertencem a uma raça inferior.
A Finlândia era governada desde 2015 pelo Partido do Centro de Sipila, em acordo com a Coligação Nacional do ministro das Finanças, Petteri Orpo, e os Verdadeiros Finlandeses. Orpo também considera que a coligação perdeu viabilidade com a eleição de Halla-aho.