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SÃO PAULO – Os pesos argentinos despencaram nesta última quarta-feira (22) e já acumulam queda de 8,43% em 2014, em uma tentativa do governo argentino de desvalorizar a moeda e elevar a competitividade das empresas do país. Embora Cristina Kirchner tenha passado “desaparecida” há um mês, o governo vem tentando medidas para colocar a economia de pé novamente.
Como os últimos anos a inflação foi muito superior ao câmbio, já que os números são escondidos pelo governo, as empresas argentinas se tornaram pouco rentáveis. O país precisa recuperar a confiança da comunidade internacional e quer frear a perda das reservas com medidas drásticas, proibindo a venda de dólares, limitando importações e com um imposto de 35% ao turismo no exterior.
A presidente porém, não se declarou sobre o assunto. A intenção é fazer a desvalorização cambial superar a inflação, o que não, por si só, corrigiria as outras falhas da condução macroeconômica. Um desbalanço como este não acontece desde 2001, quando o país entrou teve um forte recessão, forte desemprego e elevação da pobreza.
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A economia argentina ainda tem baixo desemprego, vem pagando dívidas e continua com subsídios para combater a pobreza que, novamente, está crescente. A prioridade é não entrar em colapso: restam apenas US$ 29,5 bilhões em reservas monetárias, após uma queda de cerca de US$ 40 bilhões no ano passado.
Se a tendência continuar, a Argentina pode passar por problemas para honrar suas dívidas e com importações. Embora a economia não vá bem, com o segundo pior ritmo de crescimento, o país ainda vem pagando suas dívidas.