Goodyear cessa operações na Venezuela e paga funcionários com pneus

Os funcionários chegaram à única fábrica da empresa, na cidade industrial de Valencia e a encontraram fechada, com uma carta fixada à porta

Bloomberg

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A Goodyear Tire & Rubber está interrompendo as operações na Venezuela e demitindo a mão de obra local, disseram representantes sindicais na segunda-feira. É a última corporação estrangeira a fechar as portas neste país devastado pela crise.

Os funcionários chegaram à única fábrica da empresa, na cidade industrial de Valencia e a encontraram fechada, com uma carta fixada à porta. “A Goodyear Venezuela foi obrigada a cessar suas operações”, dizia, segundo uma cópia vista pela Bloomberg.

Eduar Bremo, membro do sindicato dos trabalhadores da fábrica da Goodyear, disse que a empresa está pagando pacotes indenizatórios aos seus mais de 1.200 funcionários e entregando a cada um deles 10 pneus, que são extremamente valiosos em uma Venezuela assolada pela escassez. Segundo Bremo, a fábrica produzia cerca de 1.000 pneus por dia, mas a falta de materiais e os custos crescentes a obrigaram a fechar as portas.

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Os telefonemas e e-mails solicitando comentários sobre o fechamento a Eduardo Arguelles, porta-voz da Goodyear para a América Latina, não foram respondidos imediatamente. A Reuters noticiou antes o fechamento, nesta segunda-feira.

Os anos de turbulência econômica fizeram empresas como Kellogg e Kimberly-Clark abandonarem a Venezuela porque a hiperinflação torna insustentável a maior parte dos negócios realizados na moeda local. Outras empresas reduziram as forças de trabalho e limitaram a oferta de produtos à espera de dias melhores. Na semana passada, a Ford Motor começou a oferecer compensações aos funcionários ao reduzir ainda mais as operações restantes na Venezuela.