Goldman volta a revisar petróleo para baixo, a US$ 86 o barril: “Nunca estivemos tão errados por tanto tempo”

Aumento da oferta de países que enfrentam sanções – Rússia, Irã e Venezuela – são fator importante na perspectiva de preços mais baixos, diz o banco

Bloomberg

(Shutterstock)

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(Bloomberg) – O Goldman Sachs, um dos bancos mais otimistas sobre as perspectivas para o petróleo, mais uma vez reduziu suas previsões de preços em meio ao aumento da oferta global e à diminuição da demanda.

O banco agora revisou a previsão do Brent para dezembro para US$ 86 o barril, abaixo da estimativa anterior de US$ 95 o barril. Esta é a terceira revisão para baixo do Goldman nos últimos seis meses, depois de ter mantido uma previsão de alta para US$ 100 o barril. O contrato do Brent para agosto fechou em US$ 74,79 o barril na sexta-feira (9).

“Nunca estivemos tão errados por tanto tempo sem ver evidências para mudar nossos pontos de vista”, disse Jeff Currie, chefe de pesquisa de commodities do Goldman, em entrevista à Bloomberg Television na semana passada.

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Os aumentos da oferta de países que enfrentam sanções – Rússia, Irã e Venezuela – são um fator importante na perspectiva de preços mais baixos, de acordo com o Goldman. A produção de suprimentos da Rússia, em particular, “quase se recuperou totalmente”, apesar das sanções dos países ocidentais.

Os temores de recessão também estão pesando sobre os preços, com taxas de juros mais altas provavelmente sendo um “vento contrário persistente” para preços mais altos, escreveram analistas do Goldman, incluindo Callum Bruce e Currie na nota.

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