Goldman vê “fase de inflexão” em commodities em meio à retomada

Banco espera que período deva se estender por até oito semanas, antes que se possa argumentar confortavelmente que o piso dos preços foi atingido

Bloomberg

Produção de cobre

Publicidade

(Bloomberg) — Os mercados globais de commodities, afetados pela pandemia de coronavírus, devem levar semanas ou mais para alcançar o equilíbrio, pois a oferta e a demanda permanecerão descompassadas, segundo o Goldman Sachs, que alertou para nova queda dos metais.

“É tentador argumentar que o pior já passou para as commodities, dado o colapso histórico dos preços do WTI, a recuperação na China e o estímulo sem precedentes no Ocidente”, disseram analistas como Jeffrey Currie em relatório. “É importante lembrar, no entanto, que as commodities são ativos à vista, não ativos antecipatórios, e devem eliminar a oferta e a demanda atuais.”

As matérias-primas enfrentam um mercado turbulento devido à pandemia de coronavírus, com o deslocamento mais agudo observado no petróleo: o excesso da commodity levou o WTI a território negativo. Agora, com a contagem de casos em queda e a flexibilização das medidas de confinamento nas principais economias, investidores tentar medir a rapidez da recuperação da demanda por commodities e o que isso significa para os preços.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

“No entanto, acreditamos que agora entramos na fase de inflexão com o início do reequilíbrio, mas este período pode levar de quatro a oito semanas para ser resolvido antes que possamos argumentar confortavelmente que atingimos o piso”, disseram Currie e outros analistas em relatório de 24 de abril.

Entre os países que tentam emergir da crise, a Itália planeja diminuir as restrições de bloqueio a partir de 4 de maio, um teste-chave dos esforços da Europa para reativar as economias. Nos EUA, o governador de Nova York, Andrew Cuomo, indicou uma reabertura em fases.

O Goldman destacou as mudanças, mas alertou para uma “substancial incerteza”. E acrescentou: “Embora reconheçamos um mercado equilibrado está à vista, ativos mais prospectivos, como ações, podem olhar as próximas semanas e começar a precificar uma recuperação; no entanto, as commodities simplesmente não têm esse luxo.”

Continua depois da publicidade

O índice Bloomberg Commodity Spot, um amplo indicador de matérias-primas do petróleo ao cobre, encerrou o mês passado no nível mais baixo desde 2016. Desde então, o índice se recuperou, embora tenha eliminado parte dos ganhos mais recentes.

Na segunda-feira, os futuros do petróleo em Nova York voltaram a ser negociados perto de US$ 15 o barril. Os estoques crescentes dificultam o equilíbrio dos mercados pelos principais produtores com o corte da produção. Em contraste, os metais em Londres mostravam um rali.

“Em petróleo, esperamos que o mercado teste a capacidade global de armazenamento nas próximas três a quatro semanas (o WTI foi um evento local), o que provavelmente criará volatilidade significativa” com mais riscos de baixa até que a oferta seja igual à demanda, disse o Goldman. “Em metais, sentimos que os mercados se adiantaram.”

Tudo o que você precisa saber para lucrar na Bolsa de Valores operando da sua casa em um curso gratuito: clique aqui e participe!