Gol tem alta na demanda em junho, Cury divulga prévia do 2º tri recorde, nova aquisição da Ambipar e mais notícias

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta terça-feira (6)

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo desta terça-feira (6) tem como destaque os dados da Gol mostrando recuperação do setor aéreo, a nova aquisição da Ambipar, a prévia operacional da Cury e também com os investidores de olho nas commodities, com a nova alta do petróleo e do minério. Confira no que ficar de olho:

Gol (GOLL4)

A companhia aérea Gol  informou na segunda-feira dados que mostram continuidade na recuperação do setor aéreo, com alta de dois dígitos na demanda em junho em relação ao mês anterior. A demanda por voos da companhia aérea subiu 20,8% em junho ante maio, enquanto na comparação anual houve um salto de 281,6%, segundo os dados divulgados em comunicado ao mercado. Já a oferta da Gol, que seguiu sem realizar voos internacionais, cresceu em um ritmo mais forte que a demanda, de 26,7%, na relação mensal. Ante junho do ano passado, a oferta avançou 260,4%.

Segundo a companhia aérea, a taxa de ocupação das aeronaves fechou junho em 83,9% ante 88% em maio. Um ano antes, a ocupação foi de 79,2%. A empresa transportou 1,21 milhão de pessoas em junho, 1,06 milhão em maio e 320 mil em junho de 2020.

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Cury (CURY3)

A construtora Cury divulgou prévia operacional recorde do segundo trimestre, somando R$ 686 milhões em lançamentos (VGV), alta de 120,3% frente igual período de 2020. O valor das vendas atingiu R$ 683 milhões, 133,7% acima na comparação anual, resultando em uma velocidade de vendas de 47%.

“O desempenho positivo reforça nossa visão de demanda resiliente do segmento de baixa renda, apesar das perspectivas econômicas desafiadoras no curto prazo”, aponta a XP, que reitera recomendação de compra e preço-alvo de R$ 15 por ação, sendo a CURY3 a preferência dos analistas no segmento de baixa renda.

“Destacamos o aumento do preço médio por unidade para R$212 mil (+24,3% em relação ao mesmo período do ano passado), o que se deve à sua estratégia de focar tanto nos segmentos mais elevados do programa habitacional Casa Verde e Amarela, quanto nos empreendimentos de média renda (faixa logo acima do programa habitacional)”, destacam os analistas.

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O Itaú BBA avaliou os dados operacionais preliminares reportados pela Cury como “sem falhas” para o segundo trimestre de 2021.  A empresa também reportou um fluxo livre de caixa positivo, apesar de ter comprado terrenos. O banco mantém recomendação outperform, com preço-alvo de R$ 15,30.

Vale (VALE3) e siderúrgicas

Os contratos futuros do aço negociados na China avançaram nesta terça-feira, acompanhando uma alta nos preços de matérias-primas e em meio a expectativas de medidas para controle de produção, embora a desaceleração nas atividades de construção e nas vendas de veículos tenha limitado os ganhos.

O contrato mais ativo do vergalhão de aço para construção na bolsa de futuros de Xangai SRBcv1, para entrega em outubro, fechou em alta de 2,9%, a 5.304 iuanes (US$ 821,15) por tonelada. As bobinas laminadas a quente SHHCcv1, utilizadas em carros e eletrodomésticos, saltaram 3,2%, para 5.604 iuanes a tonelada. “Os futuros estão em níveis mais fortes que os preços ‘spot’, já que atualmente o mercado possui expectativas relativamente fortes em relação a restrições de produção”, disse a GF Futures em nota.

“Considerando que os preços ‘spot’ são apoiados pelos custos, o aço continuará flutuando em níveis elevados”, acrescentou.

Os futuros do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian DCIOcv1, para entrega em setembro, fecharam em alta de 2,8%, a 1.231 iuanes por tonelada.

Petrobras (PETR3;PETR4) e BR Distribuidora (BRDT3)

Os Fundos de Investimento ficaram com a maior parcela da oferta de ações da BR Distribuidora detidas pela Petrobras realizada no último dia 30 na B3. Eles compraram 251.630.490 ações, o equivalente a 57,6% do total ofertado, de 436.875.000 ações.

Os investidores estrangeiros aparecem em segundo lugar, com 149.058.368 ações, seguidos por investidores pessoas físicas, com 26.456.056 papéis. A operação, a maior realizada neste ano até aqui, foi precificada a R$ 26, movimentando R$ 11,358 bilhões. Por ser uma oferta secundária, os recursos vão para o acionista vendedor dos papéis, ou seja, a Petrobras.

A oferta veio para encerrar um processo de venda das ações da BR que começou há cerca de quatro anos. A privatização de fato da empresa ocorreu em 2019, quando a petroleira deixou o controle do negócio.

A operação teve o Banco Morgan Stanley (Coordenador Líder), além de Bank of America, Citigroup Brasil, Goldman Sachs, Banco Itaú BBA, Banco JPMorgan e XP Investimentos.

No radar da Petrobras, a companhia iniciará na primeira quinzena de julho a primeira aquisição sísmica com a tecnologia Ocean Bottom Nodes (OBN) e novos levantamentos multifísica (magnetométricos e gravimétricos) do projeto 3D Nodes do Parque das Baleias, na Bacia de Campos, onde estão localizados os campos de Jubarte, Cachalote, Pirambu, Baleia Anã, Caxaréu e Mangangá, com a estatal sendo operadora única. O contrato firmado com a empresa ShearWater Geoservices do Brasil contempla a aquisição sísmica com área de OBN de 810 km2, totalizando investimentos de cerca de US$ 50 milhões.

A Petrobras ainda assinou com a empresa Petromais Global Exploração e Produção S.A. (Petro+) contrato para a venda da totalidade de sua participação em um conjunto de sete concessões terrestres e de águas rasas denominada Polo Alagoas, localizadas no Estado de Alagoas, por US$ 300 milhões.

Ambipar (AMBP3)

A Ambipar anunciou na segunda-feira a compra da empresa de atendimento a emergências ambientais no modal rodoviário Sabi Tech, na Colômbia, ampliando a presença da companhia brasileira na América do Sul. A empresa não divulgou o valor do negócio. Segundo a Ambipar, a Sabi possui 14 bases operacionais na Colômbia, localizadas nas principais rotas e em pontos com histórico de acidentes. A empresa é líder de mercado na Colômbia e faturou 4,3 milhões de dólares no ano passado, afirmou o grupo brasileiro.

BTG Pactual (BPAC11)

A varejista online Privalia anunciou ao mercado acordo operacional estratégico como banco BTG Pactual BPAC3.SA, que será investidor âncora em uma eventual oferta pública inicial de ações (IPO) da companhia. A Privalia havia pedido registro para o IPO junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em meados de fevereiro. Segundo o acordo, o BTG Pactual se comprometeu a subscrever e integralizar ações equivalentes à até 5% do capital da Privalia no IPO que listará os papéis da companhia no Novo Mercado da B3.

Enauta (ENAT3)

A petroleira Enauta informou na noite de segunda-feira que interrompeu a produção em dois dos três poços do Campo de Atlanta, enquanto uma falha no sistema de bombeio de ambos também foi descoberta. Um dos poços deve retomar produção na segunda quinzena deste mês, e o segundo tem retorno previsto para agosto, disse a Enauta em fato relevante.

“Por ora, não é esperada mudança material no intervalo de produção divulgado anteriormente pela companhia”, acrescentou a empresa.

Iochpe Maxion (MYPK3) e Mahle Metal Leve (LEVE3)

O Bradesco BBI comentou a notícia que a fabricante chinesa de carros Great Wall Motors (GMW) anunciou em sua newsletter interna a compra da fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP). O banco considera a notícia positiva para a indústria automotiva brasileira, à medida que novos atores estão focando em planos de longo prazo para o país. O banco avalia que isso é positivo para a Iochpe, para a qual mantém recomendação outperform (expectativa de crescimento acima da média do mercado) e preço-alvo de R$ 22, e Mahle Metal Leve com avaliação underperform (valorização abaixo da média), com preço-alvo de R$ 20.

WEG ([ativo=WEGE3)]

O Bradesco comentou a notícia de que entre 2009 e 2020 as empresas elevaram a capacidade instalada de autogeração de energia de 12.834 megawatts em 2009 para 25.314 megawatts em 2020. O crescimento foi principalmente em biomassa, mas a nova onda de investimentos será em energia solar e energia eólica. O banco avalia que a WEG está bem posicionada para elevar a geração de energia renovável.

Ser (SEER3) e Ânima (ANIM3)

Ânima e Ser assinaram um acordo para extinção da opção de compra dos ativos anteriormente detidos pela Laureate: Faculdade Internacional da Paraíba (FPB), Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG) e CEDEPE Business School, com a concessão de quitação integral a cada parte. Assim. a Ânima permanecerá proprietária de 100% dos ativos da Laureate.

A XP destaca que, para a Ânima, vê o anúncio como neutro, pois esses ativos são referências em seus mercados e são complementares do ponto de vista de exposição geográfica; por outro lado, a venda dos ativos ajudaria a empresa a se desalavancar mais rapidamente. Quanto à Ser, veem como um movimento positivo e em linha com a estratégia da companhia e seu foco principal de aumentar sua exposição ao ensino à distância e não ao ensino presencial.

“Mantemos nossas recomendações e preços-alvo: Ânima – Compra, preço-alvo de R$15/ação; e Ser – Neutra, preço-alvo de R$17/ação”, destacam.

AES Brasil (AESB3), Cesp (CESP6), Omega (OMGE3), Eneva (ENEV3), Engie (EGIE3)

O Bradesco BBI revisou suas estimativas para geradoras de energia brasileiras, de maneira a refletir as chuvas fracas no Brasil. No ano, as chuvas foram 68% da média histórica, deixando os reservatórios do Sudeste com apenas 29% da capacidade.

O cenário-base utilizado pelo banco é de que o país chegue a novembro, início da próxima temporada de chuvas, sem racionamento oficial, mas com gastos em compras de capacidade para compensar a queda na produção. Assim, o banco atualizou a previsão para queda de 19% do Ebitda da AES Brasil, e queda de 13% para a Cesp, na comparação anual.

O banco ressalta que a possibilidade de racionamento oficial já está em grande medida precificada para o caso das geradoras, que, neste cenário, veriam contratos de venda reduzidos e se beneficiariam no médio e no longo prazo, com a recuperação dos reservatórios.

No setor, a geradora de energia eólica é sua top pick (ação favorita), com avaliação outperform. Para a Cesp, as notícias de curto prazo não serão favoráveis, mas o banco avalia que a valoração é atrativa, e mantém avaliação outperform para a empresa.

(com Reuters, Agência Senado e Estadão Conteúdo)

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