Gigante dos diagnósticos: o que muda para o Fleury com a aquisição do Grupo Pardini

Jeane Tsutsui, CEO do Fleury, participou de live do InfoMoney e falou, entre outras coisas, sobre novos movimentos de M&A, dividendos e custos operacionais

Anderson Figo

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A aquisição do Grupo Pardini pelo Fleury (FLRY3), anunciada no fim de junho, vai adicionar de R$ 160 milhões a R$ 190 milhões ao Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) anual da companhia. O negócio também marca a expansão geográfica do Fleury, que entra em novas praças, como Minas Gerais.

Mesmo líder, o Fleury ainda vê oportunidades de crescimento orgânico e inorgânico em diagnósticos. Mas, segundo a CEO Jeane Tsutsui, o grupo segue empenhado também na estratégia de construir um ecossistema de saúde que vai muito além dos laboratórios. Por isso, tem feito movimentos em oncologia, oftalmologia, fertilidade, infusão e telemedicina.

“O Fleury e o Pardini têm uma complementariedade de portfólio. Essa complementariedade vem por regiões — hoje, nós estamos em 10 polos econômicos, e o Pardini tem unidades de atendimento em três principais polos, Minas, Goiás e Pará —, então existe uma complementariedade geográfica e, além disso, uma complementariedade de negócios. O Fleury hoje está mais focado em atendimento e Pardini com uma receita muito relevante, 56%, vindo de lab to lab“, disse a executiva.

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Ela participou do Por Dentro dos Resultados, projeto no qual o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Os executivos falam sobre o balanço do segundo trimestre de 2022 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

Leia também: Como o aumento de juros impacta a reciclagem de ativos da Log no médio prazo, segundo o CEO

“A avaliação do pipeline de M&A [fusões e aquisições] é constante. Nos últimos cinco anos foram feitas 14 aquisições, sete delas entre 2021 e 2022. (…) A gente vem ao longo do tempo olhando para oportunidades de ofertas de serviços para a construção desse ecossistema de saúde, mas tem uma característica: em geral, ela está voltada mais para serviços ambulatoriais, de menor complexidade, onde o Fleury já tem um conhecimento muito grande”, disse Jeane.

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“Ele já tem um relacionamento com o cliente e ao longo do tempo vai oferecendo mais serviços. Nós não vamos entrar em todas as áreas, porque também precisamos de foco para execução. Por exemplo, nós falamos de algumas áreas, onde ortopedia, oftalmologia, infusão de medicamentos, a gente começou e a gente quer ao longo do tempo ganhar mais consistência em termos de crescimento de receita. No segundo trimestre, esses serviços fora de diagnósticos já representaram 7,4% da receita do grupo“, completou.

A CEO falou ainda sobre o impacto do aumento dos juros sobre o custo da companhia, sobre reajuste de preços com as operadoras de saúde, sobre parcerias e crescimento dos atendimentos móveis, sobre telemedicina e ainda sobre como o novo piso salarial da enfermagem afeta o grupo, além do que esperar em termos de distribuição de dividendos. Assista à live completa acima, ou clique aqui.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.