Gestor traça forte cenário para Randon, mas vê questão da Fras-Le com incerteza

Sócio-diretor da Geração Futuro elogia governança da empresa e diz que mercado tem dificuldade em entender setor

Julia Ramos M. Leite

Publicidade

SÃO PAULO – Queridinha entre as small caps, a Randon (RAPT4) também foi a ação destacada pelo sócio-diretor da Geração Futuro, Wagner Salaverry, como melhor investimento no momento.

Falando a investidores no 4º Congresso de Value Investing Brasil, Salaverry traçou perspectivas otimistas para a empresa. O curto prazo é bastante favorável para a Randon, que se vê com uma carteira de pedidos forte, boas condições de financiamento e um crescimento da frota de caminhões no País.

Salaverry destaca que a empresa cresce, mas não rápido o suficiente, e tem perdido market-share por isso. “Mas a Randon tem uma ampla linha de produtos para compensar uma safra ruim – e por isso consegue sustentar suas margens”, diz.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Segundo ele, o mercado tem certa dificuldade em compreender a Randon. “É complexo, são muitas empresas dentro de uma só, e o segmento é difícil”. A empresa, contudo, é líder em quase todos os segmentos em que atua, e conseguiu mudar seu porte nos últimos 10 anos, transformando-se em um benchmark mundial no ramo de autopeças graças a integração dos negócios.

Outro alvo de elogios foi a governança da Randon, apesar de ser uma empresa familiar. “A empresa parece caminhar para um novo ciclo de crescimento”, aponta Salaverry. Ele espera que a companhia anuncie em breve o novo plano de investimentos, que deve manter a disciplina de capital. “É [uma administração] muito low profile, não gosta de prometer, gosta de entregar”, completa.

A questão Fras-Le
Apesar de seu otimismo com a Randon, Salaverry reconheceu que a Fras-Le (FRAS4) ainda é uma questão não resolvida na empresa. A Fras-Le, segundo ele, “caiu no colo” da Randon na década de 1990 por dificuldades financeiras, e tem uma estrutura de negócios – e perfil de crescimento – diferente do restante da companhia.

Continua depois da publicidade

Para o gestor, há dificuldades em visualizar qual será o futuro da Fras-Le. “Seria mais interessante fechar o capital dessa empresa, mas ela não se posiciona, e não parece inclinada a comprar participação de outros acionistas na empresa, então não vemos isso como mais provável”, explica.