Gerdau elevada e mais 8 recomendações; Embraer investigada nos EUA e outras 9 empresas no radar

Confira o que é destaque no noticiário corporativo desta quinta-feira (8)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A volta do feriado promete ser movimentada no mercado brasileiro, com destaque para as diversas recomendações de ações e também para novidades do caso Embraer. Confira o que é destaque no noticiário corporativo nesta quinta-feira (8).

Embraer
Segundo a Folha de S. Paulo, as investigações abertas pelo governo dos Estados Unidos para apurar suspeitas de que a Embraer (EMBR3) pagou propina para obter contratos no exterior atingiram negócios fechados pela empresa brasileira na Arábia Saudita e na Índia. As investigações ocorrem desde 2010. 

A Embraer colabora com as investigações e anunciou em julho que espera fechar em breve um acordo com as autoridades dos EUA. A empresa separou US$ 200 milhões (R$ 642 milhões) para pagar multas decorrentes do processo. A empresa afirmou que colabora com as investigações sobre seus negócios no exterior, mas não quis discutir detalhes. argumentando que o inquérito em curso nos Estados Unidos ainda não foi concluído e que não é parte do processo aberto pelo Ministério Público Federal no Rio.

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Gafisa
As ações da Gafisa (GFSA3) tiveram a cobertura iniciada pelo Santander com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 3,70; apesar da visão positiva, os analistas Bruno Mendonça e Renan Manda ressaltam que um catalisador de curto prazo para as ações depende da monetização da Tenda. A Direcional (DIRR3) segue como a top pick do setor.

Gerdau e Usiminas
Após o Bradesco BBI elevar na última terça-feira as ações da Gerdau e da Usiminas, desta vez foi a vez do Santander. A Gerdau (GGBR4) foi elevada para compra e a Usiminas foi elevada para manutenção.

De acordo com o Santander, a Gerdau oferece a melhor relação risco/retorno entre os nomes brasileiros, enquanto eles seguem com visão cautelosa sobre a Vale, destacando ver os preços do minério de ferro atuais como insustentável. Já a CSN segue com recomendação underperform.

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Sobre a Vale (VALE3;VALE5), o Santander estima que a alavancagem financeira atingirá um pico de 4 vezes a dívida líquida/EBITDA em 2017, com melhora gradual após o completo ramp-up de S11D. Neste sentido, não seria uma prioridade vender ativos no curto prazo, em nossa opinião”, destaca o relatório.

“No entanto, acreditamos que a Vale quer estar preparada para o pior, possivelmente esperando que os preços do minério de ferro estejam menores do que nossa estimativa de US$ 50 a tonelada para o final de 2017”. “Preferimos ver a Vale vendendo ativos ‘noncore’ (assumindo valor justo, é claro) antes de ter que vender uma participação minoritária na divisão de minério de ferro. O potencial venda de uma participação no ‘core’ antes de vender ativos ‘noncore’ pode ser um sinal de baixa liquidez, o que aumentaria a probabilidade de a Vale não cumprir seu guidance de redução da dívida líquida (US$ 15 bilhões até o final de 2018)”.

De acordo com os analistas, o “risco/retorno não é gratificante”, apesar de gostar da abordagem da administração de buscar ganhos de eficiência e vendas de ativos, continuamos céticos sobre a sustentabilidade dos preços do minério de ferro nos níveis atuais. “Notamos que a sazonalidade desfavorável no segundo semestre poderia levar a alguma realização de lucros”.

Lojas Americanas e B2W
O Credit Suisse elevou a recomendação para Lojas Americanas (LAME4) e B2W Digital (BTOW3) de undeperform para neutra. O preço-alvo para os papéis BTOW3 passou de R$ 15,00 para R$ 20 e para os papéis, enquanto o preço-alvo para os ativos LAME4 é de R$ 22,00.

Gol
As ações da Gol (GOLL4) tiveram a recomendação elevada de underweight para equalweight pelo Morgan Stanley. 

Randon
A Randon (RAPT4) foi elevada de market perform para outperform pelo Votorantim.

IPO no radar
A Caixa Econômica Federal espera lançar ações na bolsa de sua área de seguridade Seguridade no 1º semestre de 2017, disse Gilberto Occhi, presidente do banco, ao jornal O Globo. O governo analisa a melhor janela de oportunidade para fazer o IPO. A expectativa é que condições do mercado internacional permitam o IPO nos primeiros seis meses de 2017, mas, caso seja necessário, governo esperará até o 2º semestre, o que seria mais um adiamento

As negociações com instituições financeiras que vão estruturar a operação estão avançadas e acordo deve ser assinado dentro de 10 dias, segundo Occhi.

Petrobras 
A Petrobras (PETR3PETR4) acertou a venda de parte de sua malha de gasodutos para o fundo canadense Brookfield. O negócio, estimado em cerca de R$ 19 bilhões (US$ 5,9 bilhões), envolve uma fatia de 90% na subsidiária Nova Transportadora do Sudeste (NTS). Os termos do acordo serão levados pela estatal, até o fim do mês, ao seu conselho de administração, que terá de aprová-lo. Se confirmada, será a maior venda de ativos realizada pela petroleira em seu plano de desinvestimentos.

A meta da Petrobras é arrecadar US$ 15,1 bilhões até o final deste ano com a venda de ativos, para reequilibrar suas contas. Desde o último ano, a petroleira já negociou cerca de US$ 4,6 bilhões com a venda de participações na Gaspetro, responsável pela gestão das distribuidoras regionais de gás; ativos na Argentina e no Chile; além de campos de petróleo como a área de Carcará, no pré-sal da Bacia de Santos.

O martelo sobre a NTS deve ser batido em reunião do conselho da estatal no próximo dia 28, segundo fontes que acompanham a negociação. Discutida desde o início do ano, a oferta pela malha de gasodutos previa venda de 80% das ações. Em maio, a Petrobrás iniciou negociação exclusiva com a Brookfield, que ampliou a oferta após visitar bases operacionais da empresa.

Eletrobras
A Eletrobras (ELET3;ELET6) pretende divulgar, no início de novembro, o novo plano de negócios para os próximos cinco anos, informa a Eletrobras. O objetivo, segundo o presidente da companhia, Wilson Ferreira Jr, é que o documento seja aprovado pelo conselho de administração na última semana de outubro.

Oi
A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça indeferiu pedido liminar apresentado pelo acionista Société Mondiale, disse a Oi (OIBR4) em comunicado ao mercado. “A companhia informa aos seus acionistas que permanecem suspensas as assembleias convocadas para se realizarem em 8 de setembro e sua realização dependerá de definição posterior pelo poder judiciário”

A Bratel e a BNDESPar entraram com pedido de adoção do processo de voto múltiplo para as assembleias segundo a Oi, não há acordo ou contrato celebrado entre a Bratel e o fundo Société Mondiale.

Brasil Pharma
Segundo informações da Reuters, a Brasil Pharma (BPHA3) está perto de vender duas unidades por cerca de R$ 1,2 bilhão, numa estratégia para reduzir dívida, disseram duas fontes com conhecimento direto das transações.

A Brasil Pharma vai vender primeiro a Drogaria Rosário Distrital para a Profarma Distribuidora de Produtos Farmacêuticos, afirmaram as fontes. A venda, que pode atingir cerca de R$ 200 milhões. Depois disso, a Brasil Pharma vai vender a Drogarias Big Ben por R$ 1 bilhão de reais, disseram as fontes. O comprador será o braço de drogarias do grupo industrial e de serviços Ultrapar Participações (UGPA3), afirmaram as fontes, sem darem detalhes sobre o prazo para o anúncio da operação. A Brasil Pharma, que é apoiada pelo grupo BTG Pactual, não comentou o assunto, assim como a Ultrapar e a Profarma, informou a agência.

Hypermarcas
O Cade julgará em 14 de setembro o acordo da Hypermarcas (HYPE3) com a Reckitt. A data de julgamento de ato de concentração sobre operação envolvendo a Hypermarcas e a Reckitt Benckiser está publicada no Diário Oficial. A Superintendência do Cade sugeriu impugnar acordo Hypermarcas/Reckitt, segundo despacho publicado em 1 de agosto.

BRF
A BRF  (BRFS3anunciou na quarta-feira, o início de uma oferta de recompra, pela subsidiária BFF Internacional, de todas as 7,25% senior notes de emissão da BRF com vencimento em 2020, e o de uma oferta, pela BRF, de recompra de todas as 5.875% senior notes de emissão com vencimento em 2022. Conforme conta a companhia em comunicado enviado ao mercado, as ofertas “estão sendo realizadas de acordo com os termos e condições previstos no memorando de oferta de recompra”, desta data.

IGB Eletrônica 
A IGB (IGBR3), dona da marca Gradiente, informou que, em virtude de decisão judicial proferida pelo juízo da 10ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, o Diretor Presidente da companhia, Eugênio Emilio Staub, foi cautelar e temporariamente impedido de exercer suas funções, sendo afastado do cargo.

Com isso, quem assume o comando da empresa é Moris Arditti, atual Diretor Vice-Presidente. A companhia ressaltou ainda que seu Conselho de Administração irá se reunir o mais rápido possível com o objetivo de recompor o quadro diretivo da companhia. 

“No que se refere às investigações da Operação Greenfield, necessário destacar que se trata de procedimento preliminar de carater investigatório em face da pessoa física do Sr. Eugênio Emílio Staub, de maneira que não recai, sobre a Companhia ou qualquer outra sociedade com o qual ela mantém qualquer vínculo, nenhuma investigação relacionada ao caso”, diz a nota da IGB.

Lupatech 
A Lupatech (LUPA3apresentou após o fechamento do pregão de terça-feira (6) o seu novo plano de recuperação judicial. Em comunicado, a empresa afirma que o novo plano estabelece os termos e condições para a reestruturação das dívidas do grupo e atende aos critérios estabelecidos nos acórdãos da 2ª Câmara. 

Em junho, a 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo anulou a decisão homologatória do plano. A Lupatech entrou em recuperação judicial em maio de 2015.

(Com Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.