G-20 define prioridades e lista medidas para combater a crise mundial

Em declaração final sobre encontro, membros mostram comprometimento com cooperação entre países

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SÃO PAULO – Os líderes do G-20 concordaram com a necessidade de adotar medidas fiscais e monetárias expansionistas para minimizar os efeitos da crise mundial, mostra declaração final da cúpula do grupo que reúne os países desenvolvidos e os principais emergentes.

Além disso, o encontro em Washington marcou o comprometimento da adoção de medidas para fortalecer os mercados financeiros, de um regime regulatório capaz de evitar crises futuras e de avanços na cooperação internacional quando necessário.

“Os reguladores devem garantir que suas ações reforçam a disciplina dos mercados, evitam potenciais impactos negativos sobre outros países e incentivam a competição, o dinamismo e a inovação”.

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Em complemento, as instituições financeiras também devem sentir o peso de sua responsabilidade pelo derretimento dos mercados, devendo fazer sua parte para reparar os erros, reconhecendo perdas, melhorando a transparência e as práticas de governança e controle de risco, diz o documento.

Emergentes

A respeito dos mercados emergentes, o G-20 reiterou seus esforços em prol de ajudar os países emergentes a conseguir acesso a financiamento de forma mais fácil, o que inclui medidas para fomentar a liquidez.

Dentro desse escopo, o papel das instituições supranacionais foi destacado. O FMI (Fundo Monetário Internacional) assume papel fundamental no sentido de conceder empréstimos e elaborar planos de recuperação para países em dificuldades, enquanto o Banco Mundial e outros bancos multilaterais de desenvolvimento devem usar todas suas ferramentas para estimular o desenvolvimento econômico.

Para completar, o grupo cobrou medidas no sentido de abertura comercial, tendo também incentivado a aceleração das negociações em torno da rodada Doha.

Novo encontro

Em resumo, seis pontos prioritários ficaram definidos: melhora da regulação, aumento da transparência nos operações com derivativos, avanços nas normas contáveis, análise das necessidades de capital das instituições financeiras e mais controle sobre as políticas de remuneração.

O G-20 volta a se reunir em março de 2009, quando medidas efetivamente concretas devem ser anunciadas.