Futuros dos EUA recuam forte após divulgação do CPI

Dado de inflação ao consumidor nos EUA ficou em 0,3% em janeiro, acima das projeções de 0,2%

Paulo Barros

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Os índices futuros das bolsas dos Estados unidos reagem mal ao dado de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) divulgado na manhã desta terça-feira (13). O CPI referente a janeiro veio 0,3%, ante 0,4% em dezembro e 0,2% projetados pelo consenso de analistas.

Por volta das 10h50, os futuros do S&P 500 caíam 1,1%, para 4.987 pontos, os futuros do Nasdaq-100 recuavam 1,5%, para 17.701 pontos, e os futuros do Dow cediam ou 0,7%, a 38.600 pontos.

Por outro lado, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) de 10 anos, considerados referência para a precificação de ativos globalmente, disparavam 11 pontos-base, para 4,28% ao ano, atingindo o segundo nível intradiário mais alto deste ano.

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Já os rendimentos dos papéis de dois anos, que são mais sensíveis às decisões de curto prazo do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), saltaram 12 pontos-base, para 4,6%.

Os “Fed swaps”, contratos que representam apostas do mercado para decisões do BC dos EUA, passaram a apontar mais fortemente o início dos cortes dos juros de junho para julho.

O chamado índice básico de preços ao consumidor, que exclui os custos de alimentos e energia, aumentou 0,3% em relação a dezembro, o maior em oito meses, de acordo com dados do governo divulgados terça-feira. Em relação ao ano anterior, avançou 3,9%.

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Boa parte da frustração com o indicador de janeiro pode ser atribuída ao índice de habitação (“shelter”) que continuou em alta e subiu 0,6% no mês. O índice de alimentos aumentou 0,4%, com maior pressão da alimentação fora de casa (0,5%).

“Já ultrapassamos muito a simples observação da taxa real de inflação e estamos nos centrando agora no nível de desinflação nos bens e serviços, mas parece que tudo está ficando mais alto do que o esperado”, disse Neil Birrell, da Premier Miton Investors, à Bloomberg.

“O Fed deverá se sentir justificado pela linguagem que tem utilizado em relação aos cortes nas taxas, uma vez que não há dúvidas de que eles estão sendo jogados mais pra frente. Não estamos na fase de preocupação com a reaceleração da inflação, mas também ainda não estamos fora de perigo”, falou.

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(Com CNBC e Bloomberg)

Paulo Barros

Editor de Investimentos