Futuros de NY sobem com balanços e alívio nas tensões EUA-China

Foco dos investidores se volta aos poucos dados privados que serão divulgados nesta semana e podem oferecer pistas sobre a saúde do mercado de trabalho

Felipe Moreira

REUTERS/Hemanshi Kamani
REUTERS/Hemanshi Kamani

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Os índices futuros dos EUA operam em alta nesta segunda-feira (3), em meio a fortes resultados corporativos do setor de tecnologia e à redução das tensões comerciais entre EUA e China.

Com a paralisação parcial do governo dos EUA, as atenções do mercado se voltam para os poucos dados privados que serão divulgados esta semana e podem oferecer pistas sobre a saúde do mercado de trabalho americano.

Sem dados do relatório de emprego não agrícola (payroll), nem vagas de emprego JOLTS, os mercados acompanharão os dados de emprego do setor privado da ADP, que serão divulgados nos próximos dias, em busca de sinais sobre o rumo da política monetária.

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Enquanto isso, o Federal Reserve (Fed) segue dividido. O presidente do banco central, Jerome Powell, surpreendeu os mercados na semana passada ao adotar um tom mais duro, indicando que o recente corte de juros pode ter sido o último deste ano.

Estados Unidos

A temporada de resultados continua a todo vapor, com mais de 100 empresas divulgando seus balanços esta semana, incluindo Palantir, Super Micro e AMD.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

Ásia-Pacífico

Os mercados da Ásia-Pacífico sobem após os dados do PMI da China ficarem abaixo das expectativas. A atividade industrial da China desacelerou para 50,6, ficando abaixo dos 50,9 esperados por economistas consultados pela Reuters e também inferior aos 51,2 registrados em setembro.

O Kospi, da Coreia do Sul, subiu 2,78%, fechando em uma nova máxima de 4.221,87 pontos, e registrando seu maior ganho em um único dia desde junho.

Europa

Os mercados europeus operam em alta, enquanto investidores se preparam para uma semana movimentada com decisões sobre juros dos bancos centrais da região e divulgação de resultados corporativos.

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Os resultados da semana começaram com a Ryanair. A companhia aérea de baixo custo registrou lucros após impostos (EBIT) de 1,72 bilhão de euros (US$ 1,98 bilhão) no segundo trimestre e de 2,54 bilhões de euros no primeiro semestre, um aumento de 42%.

A Ferrari e a Aramco divulgam seus resultados na terça-feira, seguidas por BMW e Vestas na quarta. Na quinta, será a vez de Commerzbank, Diageo, Rheinmetall, AstraZeneca e Maersk apresentarem seus números. A semana se encerra com o balanço mais recente da Richemont, na sexta-feira.

Commodities

Os preços do petróleo sobem depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) adiou os aumentos de produção no primeiro trimestre do próximo ano, aliviando os crescentes temores de um excesso de oferta.

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As cotações do minério de ferro na China fecharam no vermelho, pressionadas pela queda na produção de aço na China, pelo aumento dos estoques portuários e por preocupações com o enfraquecimento da demanda a jusante.

Bitcoin

(Com Reuters e Bloomberg)

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