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Os índices futuros dos Estados Unidos e bolsas da Europa amanhecem no campo positivo nesta segunda-feira (21), com as atenções voltadas para o simpósio anual de Jackson Hole, que acontece no Wyoming (EUA) entre os dias 24 e 26. O encontro é organizado pelo Federal Reserve de Kansas City e reúne banqueiros centrais ou seus representantes de todo o mundo, além de acadêmicos e outros pensadores econômicos influentes.
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, discursará na sexta, podendo trazer novidades sobre a condução da política monetária. Isso após uma ata do Fomc divulgada na última semana que elevou as projeções de um aperto monetário prolongado, afetando os mercados.
Já os mercados asiáticos operam sem direção definida, mas com queda importante em Xangai e Hang Seng, repercutindo a decisão da China de reduzir a taxa básica de empréstimo de um ano em 10 pontos-base, queda menor do que esperado, enquanto manteve sua taxa de cinco anos inalterada em 4,20% (ante expectativa de ir para 4,05%).
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Os economistas esperavam um corte de 15 pontos-base em ambas devido aos riscos de inadimplência no setor imobiliário em apuros, e levantaram questões sobre se a China conseguirá uma recuperação econômica impulsionada por estímulos.
Por aqui, a inflação será o grande destaque, com a divulgação do IPCA-15 de agosto na sexta-feira (25). O Itaú espera que a inflação acelere para 0,19% (de -0,07% em julho), com pressões altistas vindas de veículos (com o fim do programa de descontos do governo) e gasolina (devido ao retorno integral do PIS/Cofins federais sobre o combustível).
Na seara política, a votação do arcabouço fiscal pode avançar nesta semana (a medida precisa de votação final na Câmara para aprovar ou descartar as mudanças introduzidas no Senado).
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É esperado acordo entre líderes da Câmara dos Deputados e Ministério da Fazenda para a aprovação do arcabouço fiscal. Está marcada uma reunião para hoje em que se discutirão os detalhes da votação. Segundo Arthur Lira, Presidente da Câmara, se um acordo for atingido, é possível que a proposta seja votada já na terça-feira.
Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou no domingo (20), com ministros, para viagem ao continente africano. A primeira parada será em Johanesburgo, na África do Sul, para a 15ª Cúpula dos Chefes de Estado do BRICS, onde ele permanece até quinta-feira (24).
1.Bolsas Mundiais
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam com alta na manhã desta segunda-feira (21) após fechar a semana passada no vermelho, com investidores se preparando para discurso na manhã de sexta-feira do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no simpósio anual do banco central em Jackson Hole, Wyoming.
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O Nasdaq Composite fechou a semana em queda de cerca de 2,6%, caindo pela terceira semana consecutiva pela primeira vez desde dezembro. Já o Dow fechou a semana em queda de 2,2%, sua pior sequência desde março. E o S&P 500 caiu 2,1% e registrou sua terceira semana consecutiva de perdas, o que não acontecia desde fevereiro.
Os investidores ainda aguardam pelos resultados trimestrais da principal beneficiária de inteligência artificial Nvidia na quarta-feira.
Veja o desempenho dos mercados futuros:
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- Dow Jones Futuro (EUA), +0,27%
- S&P 500 Futuro (EUA), +0,40%
- Nasdaq Futuro (EUA), +0,60%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam mistos, com a China cortando a taxa básica de empréstimo (LPR) de 1 ano, mas deixando a taxa de 5 anos inalterada, abaixo do esperado.
O LPR de um ano foi cortado em 10 pontos base de 3,55% para 3,45%, enquanto o LPR de cinco anos permaneceu em 4,2%.
A Reuters informou que em uma pesquisa com 35 agentes do mercado, todos os participantes previram cortes em ambas as taxas, depois que o banco central da China baixou inesperadamente a taxa de empréstimo de médio prazo na semana passada.
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- Shanghai SE (China), -1,24%
- Nikkei (Japão), +0,37%
- Hang Seng Index (Hong Kong), -1,82%
- Kospi (Coreia do Sul), +0,17%
- ASX 200 (Austrália), -0,46%
Europa
Os mercados europeus operam em alta generaliza nesta segunda-feira, depois que fecharam na sexta-feira em uma mínima de seis semanas.
Todos os setores registram ganhos, liderados por petróleo e gás, com alta de 0,85%.
A agenda europeia será marcada por prévias dos PMIs (índices de gerentes de compras). Os números se concentrarão principalmente na quarta-feira (23), com a divulgação dos índices PMIs compostos no Reino Unido, Alemanha e Zona do euro pela S&P Global.
- FTSE 100 (Reino Unido), +0,46%
- DAX (Alemanha), +0,66%
- CAC 40 (França), +1,04%
- FTSE MIB (Itália), +1,40%
- STOXX 600, +0,67%
Commodities
Os preços do petróleo operam com alta na sessão de hoje, à medida que investidores avaliam o aperto na oferta impulsionado pelos cortes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) com preocupações persistentes sobre o crescimento da demanda global em meio às altas taxas de juros.
As cotações do minério de ferro na China fecharam com alta de quase 1%, com investidores digerindo o anúncio de mais uma tentativa do governo chinês de estimular a recuperação econômica.
- Petróleo WTI, +0,52%, a US$ 81,67 o barril
- Petróleo Brent, +0,42%, a US$ 85,16 o barril
- Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 0,91%, a 777,00 iuanes, o equivalente a US$ 106,38
Bitcoin
- Bitcoin, -0,21% a US$ 26.070,20 (em relação à cotação de 24 horas atrás)
2. Agenda
A agenda da semana tem como destaque o 46º simpósio anual de Jackson Hole, que acontece no Wyoming (EUA) entre os dias 24 e 26. O encontro é organizado pelo Federal Reserve de Kansas City e reúne banqueiros centrais ou seus representantes de todo o mundo, além de acadêmicos e outros pensadores econômicos influentes.
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, discursará na sexta, podendo trazer novidades sobre a condução da política monetária.
A semana também é de prévias dos PMIs (índices de gerentes de compras) nas principais economias desenvolvidas. Os números se concentrarão principalmente na quarta-feira (23), com a divulgação dos índices PMIs compostos no Reino Unido, Alemanha e Zona do euro pela S&P Global, enquanto o Markit divulga o PMI composto dos EUA.
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A inflação será o destaque da agenda doméstica, com a divulgação do IPCA-15 de agosto na sexta-feira (25). “Esperamos que a inflação acelere para 0,19% (de -0,07% em julho), com pressões altistas vindas de veículos (com o fim do programa de descontos do governo) e gasolina (devido ao retorno integral do PIS/Cofins federais sobre o combustível)”, destaca o Itaú.
Também na sexta feira, sobre as contas externas, o Banco Central divulgará a nota do setor externo de julho. O Itaú projeta déficit de US$ 3,9 bilhões em transações correntes, ante superávit de US$ 5,4 bilhões registrado no mesmo mês do ano passado. A balança comercial deve registrar superávit de US$ 6,8 bilhões (maior volume de petróleo e soja), enquanto as contas de serviços e aluguéis devem apresentar impressão negativa de US$ 3,6 bilhões e US$ 7,3 bilhões, respectivamente (pressionadas principalmente por saídas de lucros e dividendos e saídas sazonais).
Brasil
8h25: Boletim Focus
12h: IGP-M 2ª prévia de agosto
13h: Roberto Campos Neto, presidente do BC, fará visita institucional ao Valor, em São Paulo
15h: Balança comercial semanal
16h30: Campos neto tem reunião, por videoconferência, com dirigentes de instituições financeiras, em São Paulo, para tratar de temas estruturais e conjunturais do Sistema Financeiro Nacional. (fechado à imprensa)
3. Noticiário econômico
Viagem de Haddad para Brics preocupa membros da equipe econômica
A viagem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a Johanesburgo para acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reunião dos Brics preocupa integrantes da equipe econômica. A avaliação é a de que o comandante da economia deveria permanecer no Brasil neste momento de mais tensão com o Legislativo.
A fonte comentou que o arcabouço fiscal está prestes a ser votado, mas pode demandar ainda alguma sinalização do Executivo. E que nem Lula e nem Haddad estarão no País se a área política continuar “esticando a corda”. Além disso, as sinalizações do Congresso em relação à taxação de alguns investimentos, como aplicações offshore, subiu no telhado. Para finalizar, o ambiente não é dos melhores com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que está prestes a receber interlocutores do governo em sua residência oficial para ajustar pontos das próximas votações após uma rusga protagonizada justamente por Haddad. O ministro teceu comentários sobre o empoderamento do Legislativo, desagradando a parlamentares e à cúpula das duas Casas, em especial Lira.
“O ideal seria que ele estivesse por aqui, para dar o arremate pelo menos à questão do arcabouço”, considerou uma fonte.
4. Noticiário político
Novo marco fiscal pode ser votado nesta semana
A Câmara poderá votar nesta semana o projeto de lei do novo marco fiscal. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), reúne na segunda-feira (21) os líderes partidários e técnicos do Ministério da Fazenda para discutir as emendas do Senado ao projeto. A votação em plenário pode ocorrer amanhã (22).
A reunião estava prevista para semana passada, mas foi cancelada após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tecer críticas à Câmara durante entrevista.
5. Radar Corporativo
Sequoia (SEQL3)
A Sequoia (SEQL3) informou que Fernando Stucchi Alegro renunciou aos cargos de Diretor Financeiro e Diretor de Relações com Investidores.
O conselho de administração nomeou Ian Masini Monteiro de Andrade para assumir esses cargos.
Invepar ([ativo=IVPR4])
A Invepar, a concessionária BR 040 (Via 040) e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) assinaram termo de ajustamento de conduta de multas (TAC Multas) no valor de R$ 106 milhões, em relação a penalidades aplicadas e não transitadas em julgado na esfera administrativa.
Segundo as empresas, esse valor será compensado com a indenização devida em razão da extinção amigável do contrato de concessão.
(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)
