Fusão leva ações de Droga Raia e Drogasil a valorizarem mesmo em dia ruim pra bolsa

Relação de troca agrada mercado e papéis reagem positivamente; RAIA3 avança 2,76% enquanto DROG3 sobe 2,44%

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SÃO PAULO – Após apresentarem ao mercado os termos de fusão que irá criar uma gigante do setor de farmácias, as ações de Droga Raia (RAIA3) e Drogasil (DROG3) apresentaram forte valorização nesta quarta-feira (3), 2,76% e 2,44%, respectivamente, fechando a R$ 28,26 e R$ 12,60 nessa sessão.

As ações chegaram a apresentar uma alta mais agressiva durante as negociações, com DROG3 chegando a ser negociada a R$ 13,10 – o que representava alta de 6,50% no intraday, enquanto RAIA3 chegou a avançar 5,45% para R$ 29,00. Contudo, o dia foi ruim para a bolsa brasileira, com Ibovespa apresentando queda de 2,26%, limitando os ganhos.

Conforme fato relevante divulgado na última noite, a relação de troca será de 2,29083790 ações ordinárias de emissão da Drogasil para cada ação ordinária da Droga Raia. Para viabilizar tal relação, serão emitidas novas ações da Drogasil, informou a empresa. Deste modo, os atuais acionistas da Drogasil comporão a nova empresa com 57% do capital social e os da Droga Raia com 43%.

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Controle compartilhado
Ainda segundo o documento, a nova companhia será denominada por Raia Drogasil e terá o controle compartilhado pelos acionistas controladores das companhias, isto é, pelas famílias Pires Oliveira Dias e Galvão pela Drogasil e pela família Pipponzi e por fundos geridos pela Pragma e pela Gávea quanto à Droga Raia.

Além disto, o conselho de administração da nova empresa será formada por nove membros, sendo três de cada empresa e outros três conselheiros independentes.

“Será assinado um acordo de acionistas entre os controladores da Raia Drogasil com validade de 10 anos, e que vinculará ações correspondentes a 40% do seu capital, que estarão sujeitas a ‘lock-up’ por toda a sua vigência”, complementa o fato relevante.

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Guidance ainda não revelado
Por fim, a nova empresa, Raia Drogasil, optou por não divulgar guidance algum – lembrando que estas eram rivais até a véspera. Contudo, a nova empresa terá como prioridade no curto prazo a integração das suas atividades em um processo que deverá ser atingido de forma plena em pelo menos dois anos. 

“Não vamos abrir mão do mercado, do crescimento, mas é claro que a integração é uma prioridade”, argumentou Cláudio Ely, CEO da nova empresa. No entanto, o novo quadro de executivos destacou que as sinergias deverão ser mais qualitativas do que quantitativas, isso é, o maior ganho para a companhia será decorrente da combinação de ativos que a nova empresa terá.