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Franquia reduzida: seguro do carro fica 20% mais caro, mas proteção é maior

Pagando menos ao acionar a empresa para conserto do auto, a utilização da apólice é 30% maior do que a convencional

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A procura por proteção ao carro com franquia reduzida ganha espaço entre os brasileiros. Na Indiana Seguros, por exemplo a taxa de crescimento é de 80% a cada dois meses. Na Porto Seguro, já representa 15% de toda a carteira de apólices para autos, com crescimento de 7% nas adesões mensais. A contrapartida da facilidade é o valor do prêmio (preço da contratação), que fica cerca de 20% mais caro do que o convencional.

De acordo com Jorge Martinez, da Indiana, as apólices cobrem roubo, furto e perda total do veículo sem a necessidade de pagamento de franquia. Quando o carro sofre perdas parciais – como batidas ou falhas mecânicas, por exemplo – e o consumidor aciona o seguro para garantir a manutenção, é necessário pagar uma franquia. Quando o cliente opta pela modalidade reduzida, ele paga menos.

Influência no preço

Conforme o gerente de Auto da Porto, Marcelo Sebastião, o produto não é muito diferente do seguro tradicional. Na empresa, é possível contratar tanto uma franquia menor quanto maior do que a obrigatória: em 25% do valor básico, em 50%, 75%, 125%, 150%, 175% e 200%. Sebastião fez algumas cotações para mostrar a influência de algumas dessas opções no preço final do seguro.

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Impacto no bolso*
Produto Valor da franquia Valor do seguro
Franquia 4 – 25% da obrigatória R$ 387 R$ 3.752,58
Franquia 3 – 50% da obrigatória R$ 775 R$ 3.572,22
Franquia 1 – obrigatória R$ 1.549 R$ 3.029,13
Franquia 7 – 150% da obrigatória R$ 2.324 R$ 2.857,12
Franquia 2 – 200% da obrigatória R$ 3.098 R$ 2.677,34

Fonte: Porto Seguro
* modelo de carro: Palio Weekend/ 1.8/ Flex/ 2006-2006

“É uma variação de preço que a pessoa deve pesar, se o diferencial que ela procura compensa. Ao garantir uma franquia menor, dependendo da necessidade que ela tiver, a cobertura será proporcional”, resumiu.

Por exemplo: o carro quebra e o conserto custa R$ 500. Diante de uma franquia básica, de R$ 1,5 mil, não compensará acionar o seguro. Por outro lado, se a contratação for de uma franquia com valor de 25% da básica, o desembolso será de R$ 387.

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A companhia não oferece o produto a táxis e motos, uma vez que há maior possibilidade de haver pequenos acidentes com esses veículos. Pela modalidade reduzida, na Porto, os clientes acionam de 30% a 35% mais vezes o seguro.

Tendência

Para Martinez, da Indiana, a utilização do produto é uma tendência. A empresa oferece as modalidades de 50% a 75% do valor da apólice de referência.

“O preço do seguro de auto caiu em torno de 10%, variando por região e Estado, então os corretores estão aproveitando esse barateamento para oferecer uma apólice mais abrangente”, finalizou.