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SÃO PAULO – Em teleconferência referente ao resultado do terceiro trimestre deste ano, o CEO da Smiles, Leonel Andrade, afirmou que a empresa deve divulgar nas próximas semanas o futuro dos R$ 193 milhões do lucro caixa gerado pelos créditos fiscais pela incorporação da Webjet, que, segundo Andrade, pode ser revertido em proventos para os acionistas. Por conta deste efeito “não recorrente”, o lucro líquido da empresa saltou 135% frente ao mesmo período do ano passado, alcançando a marca histórica de R$ 339 milhões.
A empresa paga 100% do seu lucro líquido sob a forma de dividendos ao final de cada ano contábil e “temos incentivos para manter isso”, disse o presidente na apresentação. Essa política deve-se ao modelo de negócio asset light da companhia, ou seja, possui poucos ativos em comparação a suas operações, o que torna o passivo menor e a empresa “mais leve” para, por exemplo, investir em novas alternativas de receita em vista da sólida posição de caixa.
Com relação ao crescimento de 16% do faturamento total no terceiro trimestre, que atingiu R$ 500 milhões e superou a expectativa do mercado, Andrade destaca que o resultado foi por conta das novas parcerias realizadas e a otimização da relação com os bancos, confirmando a recuperação das transações de cartão de crédito no Brasil. Sobre a queda de 2% do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) frente ao terceiro trimestre do ano passado, que ficou 6% abaixo do esperado, o CFO da empresa, Marcos Pinheiro, explica que o resultado foi impactado principalmente pelo aumento das despesas comerciais, derivado do plano de expansão da companhia para 2018.
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Com relação ao próximo ano, o presidente da Smiles está bastante otimista e a empresa deve seguir apresentando crescimento de dois dígitos em termos de faturamento, já que está investindo em novas alianças e produtos para seguir ganhando market share. Inclusive, para crescer ainda mais, a empresa não descartar aquisições no ramo de turismo e entretenimento, mas nada que altere a política de pagamento de dividendos de 100%, garante o presidente.
