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Fluxo recorde para ações americanas ignora risco importante, diz BofA: a estagflação

Estrategista aponta que “um novo surto de estagflação significa desempenho superior do ouro, commodities, cripto e renda fixa de alta liquidez, e uma acentuação da curva de juros dos Treasuries”

Bloomberg

Times Square se reflete na vitrine do Nasdaq MarketSite em Nova York (Michael Nagle/Bloomberg)

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Bloomberg — Os investidores estão descartando o risco de estagflação na economia dos Estados Unidos ao colocarem fluxos recordes em fundos de ações americanas, segundo o Bank of America.

Os fundos de ações americanas tiveram US$ 56 bilhões de ingressos líquidos na semana até 13 de março, escreveu o estrategista Michael Hartnett, do BofA, citando dados da EPFR Global.

Os fundos focados nas ações de tecnologia atraíram os maiores fluxos entre os setores, com US$ 6,8 bilhões, recuperando-se de uma saída recorde.

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Isso ocorre ao mesmo tempo em que o quadro macroeconômico sinaliza risco de estagflação, disse Hartnett.

A inflação voltou a subir tanto em mercados desenvolvidos quanto em emergentes, enquanto o mercado de trabalho dos EUA está “finalmente” mostrando sinais de fraqueza.

Hartnett disse que “um novo surto de estagflação significa desempenho superior do ouro, commodities, cripto e renda fixa de alta liquidez, e uma acentuação da curva de juros dos Treasuries”.

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Ele observa que o petróleo supera o Nasdaq 100 este ano. Por enquanto, o mercado acionário não parece incomodado com a inflação mais alta e com os dados de atividade mais fracos, disse Emmanuel Cau, estrategista do Barclays.

“Com o Fed até agora endossando a atual precificação do mercado de três cortes a partir de junho, os investidores continuam a ver o copo meio cheio na narrativa do pouso suave”, disse ele. “E ainda há muito dinheiro para aplicar em ativos de risco caso isso se concretize.”

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