Fitch rebaixa rating da Americanas (AMER3) de “BB” para “CC”

As inconsistências contábeis elevariam a alavancagem para 5,5 vezes a dívida líquida ajustada sobre o Ebitdar para 11,9 vezes.

Equipe InfoMoney

Americanas (Foto: Facebook)

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A agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou a nota de crédito da Americanas (AMER3) para ‘CC’, de ‘BB’ na escala global e para ‘CC(bra)’ de ‘AA+(bra)’ na escala nacional. O rebaixamento se reflete nos ratings dos bonds e debêntures da companhia.

A ação ocorreu após divulgação de inconsistências contábeis nos balanços da Americanas, que ocasionou a renúncia do CEO Sérgio Rial e do CFO André Covre, apenas nove dias depois de assumirem os postos.

A estimativa inicial é de impactos de R$ 20 bilhões, que deverão ser somados à linha de empréstimos e financiamentos. Ressalta-se, no entanto, que o real impacto só será conhecido após finalização dos trabalhos de auditoria externa.

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As inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões apresentadas pela companhia elevariam a alavancagem de 5,5 vezes a dívida líquida ajustada sobre o Ebitdar (lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e custos de reestruturação ou de arrendamento) no fim do terceiro trimestre para 11,9 vezes.

“A agência acredita ser provável a Americanas entrar em acordo para rolar dívidas com os seus credores por conta da situação insustentável de crédito e de reputação que se criou”, apontam analistas Gisele Paolino e Mauro Storino. “Caso isso aconteça, a nota será novamente rebaixada, desta vez para ‘C'”, aponta a Fitch.

A adição dos R$ 20 bilhões em dívidas torna a estrutura de capital da Americanas insustentável, avaliam.

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“A estrutura de capital insustentável e a reputação prejudicada da Americanas prejudicam gravemente sua flexibilidade financeira e a capacidade de lidar com obrigações operacionais e financeiras. O apoio dos credores será fundamental”, avalia a Fitch. “Operacionalmente, a empresa pode lutar para manter alguns de seus fornecedores existentes. Uma injeção de capital material em tempo hábil para evitar a inadimplência é altamente incerta”, aponta.