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SÃO PAULO – Mesmo elevando a projeção da inflação de outubro de 0,44% para 0,60%, o coordenador de preços da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), Paulo Picchetti, acredita que as estimativas iniciais da alta do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) para o final de 2004, entre 6% e 6,5%, devem ser atingidas.
Essa mudança de estimativa para outubro foi confirmada após o anúncio uma inflação de 0,53% referente à terceira quadrissemana de outubro, acima da alta de 0,40% projetada. Contudo, Picchetti ressalta que a média de reajuste dos preços permanece em 0,40%, taxa que se mantida até o final do ano, assegura a confirmação da meta, praticamente em linha com as estimativas do mercado.
Para os analistas consultados pelo Banco Central para elaboração do relatório Focus, o IPC deverá registrar uma alta da ordem de 0,50% em outubro. Para o acumulado do ano, o relatório aponta uma inflação acumulada de 6,25%, isto é, dentro exatamente do intervalo projetado pela fundação.
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Reajuste dos combustíveis: ainda não computado
É importante salientar que o aumento médio de 2,83% da gasolina nos postos da cidade de São Paulo ainda não foi computado no índice deste mês, já que a Fipe mensura a variação para um período de trinta dias em comparação aos 30 dias anteriores. Deste modo, Picchetti indica que é necessário aguardar o fim do mês para calcular com mais precisão o peso do aumento na inflação na capital paulista.
De acordo com analistas do mercado, com a elevação dos preços dos combustíveis nas bombas de 1,6% para a gasolina e 3,8% para o diesel, há um impacto direto e indireto de 0,09 ponto percentual na inflação dos últimos três meses do ano, sendo 0,04 ponto percentual em outubro e novembro e 0,01 em dezembro.