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SÃO PAULO – A concordata da GM (General Motors) elevou as incertezas sobre o futuro das filiais da montadora norte-americana em diversos países do mundo, incluindo no Brasil. A partir de hoje, todas as unidades deverão se engajar no movimento da “reinvenção” da companhia, deflagrado na segunda-feira (1) nos Estados Unidos.
A direção da montadora no Brasil revelará nesta terça-feira se continuará ou não com o desenvolvimento de produtos. Caso a linha Opel seja vendida, a operação que abrange a América Latina passa a ser dona da maior receita da GM fora dos Estados Unidos.
Além disso, quando se trata da filial brasileira da GM, especialistas advertem que a unidade deverá sofrer, nos próximos anos, com a redução dos recursos para novos investimentos e do número de lançamentos.
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Ao redor do mundo, as filiais da montadora também se pronunciaram. Confira:
Argentina
A GM Argentina destacou seu compromisso de investir no país sul-americano, e reiterou que desenvolverá “um novo modelo compacto em sua planta industrial de Rosário, localizada na província de Santa Fé, a 360 quilômetros ao norte de Buenos Aires”.
Austrália
A Holden, filial australiana da GM, aposta em um futuro “brilhante” e quer ser “uma fonte segura” de postos de trabalho.
De acordo com o diretor-geral da unidade, Mark Reuss, os esforços estão focados na fabricação de um veículo de quatro cilindros na planta de Adelaide a partir de 2010, melhorando a tecnologia do modelo popular Commodore e lançando seu próprio modelo Cruze.
Chile
A unidade chilena revelou que não será afetada pelo pedido de concordata da matriz. “O Chile, assim como as filiais da empresa na América Latina, África e Oriente Médio, continuam com suas operações de maneira normal”, revelou a GM Chile em comunicado.
“Nossa unidade é distinta da matriz, com solvência econômica e financeira e que cumpre com todos os seus compromissos”, acrescenta o documento, após tranquilizar os clientes e oferecer garantias de que a qualidade dos serviços prestados até hoje não será modificada.
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A GM lidera as vendas de automóveis no Chile, atrás apenas da sua marca Chevrolet.
China
Fritz Henderson, CEO de General Motors, revelou que o gigante asiático continuará sendo um grande mercado para a montadora. Para ele, os negócios entre a matriz e a parceira chinesa SAIC (Corporação da Indústria Automotiva de Xangai) seguirão “em grande êxito” e “lucrativos”.
Equador
A filial equatoriana da GM revelou que não será afetada pelo pedido de concordata da matriz. Em comunicado, a General Motors de Ecuador S.A. e Omnibus BB Transportes S.A. ratificaram que sua linha de montagem, assim como a rede de concessionárias em nível nacional, continua produzindo e oferecendo carros de primeira linha, com melhor qualidade, valor, segurança e inovação.
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México
Grace Lieblein, presidente da GM México, reconheceu que enfrentou ao longo de 2009 uma série de paralisações e protestos nas quatro plantas que a montadora opera no país latino-americano, justamente por conta dos efeitos da crise financeira internacional.
Ela ainda ressalta que “os níveis de produção e demanda têm sido menores nos últimos tempos. Contudo, a GM México não interrompeu nenhum negócio”.
Concordata
A matriz norte-americana confirmou as expectativas do mercado ao pedir proteção contra falência nos Estados Unidos.
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Terceira maior da história da indústria americana, a concordata da GM leva a companhia ao controle do governo do presidente Barack Obama, que deverá fornecer mais US$ 30 bilhões para a empresa nas próximas semanas.