Fibria avalia qualidade da água que abastece fábrica no ES após desastre da Samarco

Mais cedo, a Fibria havia afirmado que estava usando os reservatórios, mas esclareceu pouco depois que por enquanto apenas monitora a situação

Reuters

Setor de papel e celulose (Shutterstock)

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SÃO PAULO – A Fibria (FIBR3) disse que está monitorando a qualidade da água do Rio Doce e que possui reservatórios próprios com autonomia de 100 dias para abastecer sua fábrica no Espírito Santo, conforme lama e detritos liberados pelo rompimento de barragens da mineradora Samarco em Mariana (MG), descem em direção a cidades capixabas.

Mais cedo, a Fibria havia afirmado que estava usando os reservatórios, mas esclareceu pouco depois que por enquanto apenas monitora a situação. A unidade da companhia em Aracruz (ES) tem capacidade de produzir 2,3 milhões de toneladas de celulose por ano.

A também produtora de celulose Cenibra suspendeu a produção nas duas linhas de sua fábrica na cidade de Belo Oriente (MG), com capacidade de 1,2 milhão de toneladas ao ano, devido à contaminação da água do Rio Doce. Não há previsão para restabelecer as operações.

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O estouro das barragens da Samarco liberou milhões de toneladas de lama e rejeito de produção de minério de ferro que atingiram o Rio Doce e colocaram mais de uma dezena de municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo em estado de alerta sobre o abastecimento de água, segundo dados do Serviço Geológico Brasileiro.

Em relatório divulgado mais cedo, analistas do Credit Suisse afirmaram que a fábrica da Fibria no ES não seria tão afetada por possuir reservatórios que podem suprir a necessidade de água durante três meses.

O desastre na barragem da Samarco, uma joint-venture entre a brasileira Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, deixou ao menos três mortos e 24 desaparecidos e obrigou a cortes no fornecimento de água potável em cidades situadas a mais de 300 quilômetros de distância.