FGTS Futuro deve impulsionar construtoras de baixa renda: quais as mais beneficiadas?

Tenda desponta como uma das maiores beneficiárias, mas Cury, Plano&Plano e Direcional também estão na lista

Felipe Moreira

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O FGTS Futuro, que permite a utilização de saldos futuros do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço para financiamento imobiliário, tem lançamento previsto para março, beneficiando os participantes do Grupo 1 do programa MCMV, o Minha Casa Minha Vida (renda bruta mensal de até R$ 2.640), segundo o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias.

O Bradesco BBI avalia que o programa aumenta a acessibilidade do consumidor e consequentemente ajuda a impulsionar a demanda no segmento, o que é positivo para as construtoras de baixa renda, principalmente para a Tenda (TEND3), que tem maior exposição a essa faixa de renda.

A XP Investimentos também acredita que o FGTS Futuro poderá ser positivo para o cenário de demanda na Faixa de renda 1 do MCMV.

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A casa estima que os beneficiários na faixa de 20% a 27% de comprometimento de renda familiar poderiam ter uma probabilidade maior de serem qualificados para o financiamento imobiliário nas condições do FGTS Futuro. Nesse sentido, analistas acreditamos que isso poderia impulsionar a velocidade de vendas (VSO) das construtoras que operam nas faixas de renda mais baixas do programa, ao mesmo tempo em que beneficiaria a redução do financiamento pró-soluto.

A XP ainda destaca que a Tenda poderia ser a mais beneficiada dentro de sua cobertura, dada sua alta exposição à Faixa 1 do MCMV (59% das vendas do 3T23), e os benefícios potenciais da medida poderiam reforçar as diretrizes da empresa (divulgadas no último dia do investidor), aumentando seu índice de giro de capital empregado.

A legislação do MCMV estabelece que as faixas de renda familiar do programa devem ser revisadas anualmente (a última revisão foi em julho de 2022). Nesse sentido, a XP acredita que a mais recente revisão do salário mínimo brasileiro em dezembro de 2023 (aumento de 7% no salário mínimo de 2024 na base anual) poderia fomentar a decisão como ocorreu em SP e poderia gerar impactos positivos no poder de compra.

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Analisando um cenário de aumento dos limites de renda do MCMV, a XP vê cinco faixas de renda potencialmente beneficiadas com taxas de juros mais baixas e a inclusão de uma nova faixa de renda familiar (R$ 8.000,01 a R$ 8.558) na faixa 3. Assim, espera que a revisão potencial dos tetos poderia gerar impactos positivos na demanda para todo o programa, mas especialmente para a faixa 3, aumentando o mercado endereçável para unidades no limite superior de preço do MCMV (R$ 350 mil aunidade). Nesse cenário, a instituição acredita que a Cury (CURY3), a Direcional (DIRR3) e a Plano&Plano (PLPL3) poderiam ser as mais beneficiadas, dada suas maiores exposições ao Faixa 3.

A XP vê um ambiente favorável para aprovação do FGTS Futuro, dado uma forte base legal (o FGTS Futuro foi incluído na lei do FGTS), bem como o sistema operacional da Caixa Econômica Federal (CEF) parece estar no caminho certo para implementá-lo.

Confira abaixo a recomendação da XP para as construtoras:

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