FGC tem até R$ 4,2 bi para manter liquidez do Cruzeiro do Sul durante intervenção

Até o momento, Fundo Garantidor de Crédito já adquiriu R$ 1,3 bilhão e o limite é de R$ 3,5 bilhões; banco pode ser liquidado

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SÃO PAULO – Em teleconferência realizada nesta terça-feira (5), o FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que na véspera assumiu a administração do Banco Cruzeiro do Sul (CZRS4), disse que já existe um FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) de aproximadamente R$ 4,2 bilhões, com o objetivo de garantir a liquidez do banco durante o processo de intervenção.

Na última segunda-feira (4), o Banco Central decretou a intervenção no Banco Cruzeiro do Sul e, em nota, a autoridade monetária afirmou que colocou a instituição sob o regime de administração especial temporária pelo prazo de 180 dias, “em decorrência do descumprimento de normas aplicáveis ao sistema financeiro e da verificação de insubsistência em itens do ativo”.

O FIDC FACB existe dentro do Cruzeiro do Sul desde o ano passado e, do seu montante total, o FGC afirmou que já adquiriu R$ 1,3 bilhão e o limite é de R$ 3,5 bilhões. Lembrando que, segundo o último relatório de resultados do Cruzeiro do Sul, referente ao primeiro trimestre de 2012, as cotas dos FIDCs do banco respondem por uma quantia de aproximadamente R$ 7,8 bilhões.

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Liquidação e ativos problemáticos
Sobre a liquidação do Cruzeiro do Sul, Celso Antunes, indicado pelo FGC para assumir a direção do banco, explicou que ela ocorrerá por meio de leilão. “Não acreditamos nessa hipoteses, mas ela existe. Trabalhamos inclusive com a hipótese de achar um comprador, o banco ao final do periodo poderá ser vendido”, disse em momentos diferentes da teleconferência.

Antunes explicou ainda que, a intervenção determinada pelo BC se deu em consequência de inspeções de rotina da autoridade monetária que detectou a inexistência contábil, o que significa a ativos sem respaldo documental adequado. “O banco possui uma carteira de ativos problemáticos que aparentemente são inexistentes”, completou.