Fed mantém juros e compras de ativos, mas eleva projeção de inflação nos EUA

Apesar de elevar a projeção de inflação, o Fed manteve o discurso de que as pressões inflacionárias são "transitórias"

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Os dirigentes do Federal Reserve (como é conhecido o banco central dos Estados Unidos) decidiram manter as taxas de juros no país entre 0% e 0,25%, além de continuar com as compras de ativos de US$ 120 bilhões por mês.

Apesar disso, a autoridade americana elevou sua projeção para a inflação medida pelo PCE, passando de 2,4% para 3,4% este ano, com o centro do PCE passando de 2,2% para 3%. Já para 2022 a perspectiva agora é de 2,1%, ante 2,0% projetado anteriormente.

Embora o Fed tenha elevado sua expectativa de inflação em um ponto percentual, o comunicado pós-reunião manteve o discurso que já tem feito há meses de que as pressões inflacionárias são “transitórias”. Além disso, eles seguem vendo a inflação tendendo para 2% no longo prazo.

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O banco central americano não deu nenhuma indicação de quando começará a reduzir o seu programa de compra de títulos, algo que era esperado que fosse discutido nesse encontro. Apesar disso, o presidente do Fed, Jerome Powell, pode ainda trazer algum comentário sobre isso em sua coletiva nesta tarde.

Em sua decisão, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) indicou que os aumentos de juros podem ocorrer já em 2023, após indicar em março que não haveria aumentos até pelo menos 2024. O chamado gráfico de pontos das expectativas dos membros individuais apontou para duas altas em 2023.

As autoridades aumentaram suas expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de 6,5% para 7% neste ano. Já a estimativa de desemprego permaneceu inalterada em 4,5%.

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A decisão destaca ainda o progresso das vacinações contra a Covid-19, observando que “os indicadores de atividade econômica e de emprego se fortaleceram. Os setores mais adversamente afetados pela pandemia permanecem fracos, mas mostraram melhorias”.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.