Fed corta taxa de juros nos EUA pela primeira vez desde 2008

Banco central dos EUA reduziu os juros em 25 pontos-base, para a faixa entre 2,00% e 2,25%

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) decidiu nesta quarta-feira cortar a taxa de juros nos Estados Unidos em 25 pontos-base, para a faixa entre 2,00% e 2,25%.

Esta é a primeira vez que o Federal Reserve (banco central americano) reduz os juros no país desde 2008. Dois dos dez integrantes do Fomc, Esther L. George (Kansas City) e Eric Rosengren (Boston), não votaram pelo corte.

No comunicado, o Fomc citou “implicações da evolução global para as perspectivas econômicas, bem como pressões inflacionárias moderadas”, como justificativa para a decisão.

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O comitê disse que o estado atual de crescimento é “moderado” e o mercado de trabalho está “forte”, mas decidiu afrouxar a política de qualquer maneira. Os diretores destacaram ainda que os ganhos de emprego foram sólidos, em média, nos últimos meses, e a taxa de desemprego permaneceu baixa.

O Fed deixou ainda a porta aberta para futuros cortes, dizendo que “agirá como apropriado para sustentar a expansão” à medida que continuará avaliando os dados recebidos. A decisão de cortar as taxas também veio com o objetivo de terminar, dois meses antes do planejado, a redução de títulos que o banco central detém em seu balanço.

“Esta ação apoia a visão do Comitê de que a expansão sustentada da atividade econômica, as condições fortes do mercado de trabalho e a inflação perto do objetivo simétrico de 2% são os resultados mais prováveis, mas as incertezas sobre essa perspectiva permanecem”, diz o comunicado.

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Balanço patrimonial
Além do corte de juros, o Fomc decidiu acabar com a redução de títulos que está mantendo em seu balanço. Após a crise de 2008, o Fed institui três rodadas de compras envolvendo títulos do tesouro e títulos lastreados em hipotecas.

Chamados de Quantitative Easing (QE), estas rodadas levaram o balanço do banco central americano a ultrapassar US$ 4,5 trilhões em determinado momento.

Desde outubro de 2017, o comitê começou a reduzir o tamanho desta carteira de títulos, permitindo que um nível limitado de proventos aumentasse a cada mês enquanto reinvestia o restante. A expectativa é que esta redução se encerrasse em setembro, mas o Fomc decidiu acabar com este movimento agora.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.