Fannie Mae e Freddie Mac negociam novas regras e ajuda de US$ 100 bilhões

Instituições estudam condições para o pagamento de empréstimos e avaliam redução de taxas e burocracia

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Junto ao plano de ajuda aos bancos, que deverá ser aprovado ainda nesta semana, a equipe econômica de Barack Obama pretende lançar um pacote para salvar as hipotecas, atualmente nas mãos de Fannie Mae e Freddie Mac.

A fim de ajudar os norte-americanos com imóveis hipotecados, o novo presidente deverá mudar as regras nacionais quanto aos pagamentos de empréstimos devidos, reduzindo taxas e facilitando a amortização pelos proprietários.

Na última semana, os oficiais do Departamento do Tesouro e do Departamento de Desenvolvimento Urbano e Habitacional dos EUA conversaram com as duas empresas para agilizar o acordo e desenvolver planos de como convencer outras empresas do ramo a aderirem às novas regras. Algumas dessas discussões percorreram o fim de semana, afirmam fontes de mercado.

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Importância do plano

Desde a nacionalização em setembro, as duas empresas vêm passando por um processo de reestruturação para voltar a financiar hipotecas. Contudo, quando as instituições conseguiram algum sucesso, o plano de restabelecer os contratos hipotecários anunciado em novembro desapontou à todos, trazendo novamente o pessimismo quanto ao futuro do setor imobiliário.

Com mais de 31 milhões de hipotecas no portfólio, cerca de 58% do mercado norte-americano, Fannie Mae e Freddie Mac enfrentam problemas para qualificar seus credores, já que uma mínima fração pode exercer o direito de refinanciamento das hipotecas.

Com esta nova iniciativa, os oficiais esperam entrar em um acordo para diminuir a burocracia que envolve o processo de hipotecas e extinguir alguns termos considerados rígidos, sem sobrecarregar a população de mais impostos.

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Espera-se que as instituições recebam até US$ 100 bilhões da segunda metade dos US$ 700 bilhões do programa de estímulo econômico destinado ao sistema financeiro, aprovado na última gestão.

O dinheiro seria usado para subscrever empréstimos em aberto e para dar as companhias um subsídio para honrar seus compromissos.