Faltam “Dorias” no governo federal: “isso tem que ser generalizado”, diz presidente da Cosan

Rubens Ometto destacou, contudo, que Temer tem feito um "excelente trabalho" até agora, mas que é necessário endurecer o discurso para que as reformas sejam aprovadas: "sem elas, eu não tenho interesse nenhum em fazer investimentos no Brasil", disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo

Paula Barra

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SÃO PAULO – O empresário Rubens Ometto, fundador e presidente do conselho de administração da Cosan (CSAN3), considera que o presidente Michel Temer fez um “excelente trabalho” até agora, mas diz ser necessário endurecer o discurso até que se consiga aprovar as reformas. “Sem elas, eu não tenho interesse nenhum em fazer investimentos no Brasil”, disse o empresário em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira (9). 

Ele destacou a necessidade do Brasil se modernizar e de se criar gestão pública meritocrática. “Se não tem dono, não tem gente em cima preocupada em fazer uma gestão saudável e dar o máximo do rendimento”. 

Questionado se considera que falta um pouco de João Doria, que foi eleito à prefeitura de São Paulo com esse discurso, no governo federal, ele disse que sim. “Doria é um caso específico. Tem de se fazer com que isso seja generalizado. Surgirão outros expoentes como ele”, comentou, descartando em seguida possíveis ambições políticas. “Não. Nem para cargos”, disse.

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Para ele, contudo, Temer tem as condições necessárias para convencer os políticos a aprovarem as reformas. “Temos de apoiá-lo porque é fundamental para o País. E, se não forem aprovadas, estamos entre o céu e o inferno. Tem de ter um patriotismo em favor de um bem maior e essas reformas consolidam isso”, comentou. 

Ao ser perguntado se a Lava Jato arranhou a imagem do empresário, Ometto disse que isso não é “culpa” da operação da Polícia Federal. “O empresário sempre é visto como bandido. É injusto. Única novela que vi que o empresário era bom foi em Pecado Capital (de Janete Clair), com a personagem de Lima Duarte (Salviano Lisboa)”, disse. Para ele, vai haver uma renovação grande com a Lava Jato e que isso é muito saudável, já que muda a maneira de se fazer negócio entre o público e privado.