Falta privatizar os Correios para melhorar o serviço, diz presidente do Mercado Livre para América Latina

Executivo participou de live do InfoMoney e disse que dependência dos Correios está diminuindo a cada trimestre com investimentos em logística própria

Anderson Figo

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SÃO PAULO — A dependência do Mercado Livre (MELI34) aos Correios está cada vez menor e vai continuar assim, segundo o presidente de commerce para América Latina do grupo, Stelleo Tolda. A empresa argentina tem investido cada vez mais em logística própria, inclusive com uma frota de aviões recém anunciada.

“Hoje nossa dependência dos Correios é muito menor. A gente fechou o trimestre com uma penetração de 74% da nossa rede logística dentro do cupom total do Mercado Livre. Isso é entregue majoritariamente através de outras transportadoras privadas. O restante que não vai para a nossa rede, uma parte vai sim pelos Correios”, disse.

“A grosso modo, se a gente olhar para trás, uns dois ou três anos, a gente chegou a ter 90% do nosso volume que ia via Correios, mas hoje está em torno de 20%, diminuindo a cada trimestre. Houve a greve dos Correios, uma greve longa. É lamentável sob qualquer ótica”, completou o executivo.

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“O Mercado Livre é o maior cliente dos Correios no que diz respeito a volume de encomendas ou no que os Correios faturam. A gente se viu, então, enfrentando demoras, um nível de serviço deplorável. (…) A gente gostaria sim de ver os Correios privatizados não simplesmente por privatizá-lo, mas para tornar os seus serviços mais eficientes.”

Ele participou nesta quinta-feira (5) de uma live no InfoMoney da série Por Dentro dos Resultados, onde executivos de importantes empresas da Bolsa apresentam os principais destaques financeiros do terceiro trimestre, comentam os números e falam sobre perspectivas.

O grupo teve volume de vendas (GMV) de US$ 5,9 bilhões no terceiro trimestre de 2020, uma alta de 62,1% na comparação anual. O lucro líquido foi de US$ 15 milhões. Já a receita ficou em US$ 1,1 bilhão, um recorde trimestral — do total, 55% vieram das operações no Brasil.

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Tulio Oliveira, vice-presidente do Mercado Pago no Brasil, também participou da live e comentou o desempenho do braço de fintech da empresa argentina no país. “Nossos clientes já estão processando pagamentos nos níveis pré-pandemia”, disse. “O Mercado Pago vem crescendo em crédito, mesmo com o cenário de restrição causado pela pandemia, e estamos controlando a inadimplência.”

Oliveira e Tolda falaram sobre como a reabertura das lojas físicas não prejudicou o e-commerce, o mercado de maquininhas, o novo sistema de pagamentos do BC — o Pix —, as parcerias e os investimentos previstos. Assista à live acima.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.